Nos bastidores, falava-se até há pouco tempo, sobre um possível acerto entre os deputados Júlio Garcia (PSD) e Marcos Vieira (PSDB) para a sucessão, respectivamente, da Presidência e da vice da Alesc para o próximo biênio (2025-2026).
Contudo, seus partidos colocaram-se em rota de colisão para a disputa da Prefeitura da Capital.
Topazio Neto (PSD), candidato à reeleição, com apoio já selado do PL, que indicará o vice, vai bater de frente com o ex-Prefeito Dário Berger (PSDB).
Para piorar a situação da veterana dupla que busca tomar as rédeas do Parlamento, observa-se que a bancada de seus partidos na Assembleia soma apenas cinco deputados, sendo dois do PSDB e três do PSD.
Trocando em miúdos, a disputa da Capital, possivelmente a única cidade grande do Estado em que o PSDB de Marcos Vieira poderá ao menos ser competitivo, ironicamente coloca o líder tucano em trincheira oposta ao seu amigo Júlio Garcia.
Esta eleição passa a ser um teste de sobrevivência para o próprio PSDB, e Dário deve partir com tudo contra Topázio, que também não lhe enviará flores.
Dor de cabeça à vista para Júlio Garcia e Marcos Vieira, que vão lutar até outubro em lados diferentes. Baixada a poeira do pleito municipal, eles terão a árdua missão de buscar reagrupar seus três correligionários – dois do PSD e um do PSDB – para ajudá-los a convencer os outros 35 deputados – dentre conservadores, moderados e progressistas – que mais ninguém estaria à altura da missão de comandar o Parlamento Barriga Verde.
Difícil de colar. Até porque siglas como MDB e PL, juntas, chegam a representar praticamente a metade da Alesc, tanto que a comandam a Casa hoje com a presidência de Nadal (MDB) e a vice de Skudlark (PL). Dobradinha partidária, com outros nomes possivelmente, que ao que tudo indica continuará regendo o Parlamento estadual, talvez com a entrada do PP no lugar do MDB ou do PL.