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Cresce endividamento das famílias catarinenses

O número de catarinenses inadimplentes ou com contas em atraso, atingiu a máxima da série histórica desde janeiro de 2013, pelo segundo mês consecutivo, apontou o estudo da Fecomércio SC

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de novembro de 2015 apresentou uma elevação em termos mensais e anuais no nível de endividamento das famílias (61,4%) – que estão com parte de sua renda comprometida com contas parceladas e financiamentos; e no nível de inadimplência (20,4%) que trata dos consumidores com contas em atraso.

fecomércio endividamento dos catarinenses
O cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento, responsável pela maioria das dívidas dos consumidores catarinenses (51,3%), seguidos dos carnês (33,6%), financiamento de carro (32,2%) e o financiamento de imóvel (16,5%).

Segundo a Fecomércio SC, o endividamento das famílias com renda acima de dez salários mínimos por mês (61,3%) é menor em comparação a parcela com renda inferior a 10 salários mínimos (63,1%). Os dados sinalizam a queda no consumo das famílias com alto poder aquisitivo, que buscam quitar suas dívidas e manter a boa situação financeira. No entanto, para as famílias que não possuem renda extra para reduzir seu endividamento, a situação permanece estável.

A parcela da renda das famílias comprometida com dívidas subiu pouco (32,4%) em comparação aos meses anteriores. Para a Federação, os números mostram que os catarinenses têm procurado renegociar suas dívidas com mais frequência diante de um período de retração econômica.

O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, ressalta que mesmo com o maior percentual da série histórica, o índice de inadimplência ainda se mantém estável. Apesar disso, se preocupa com a situação do comércio catarinense diante dos números divulgados.

“A alta da inflação afeta o poder de compra do consumidor e com a diminuição da renda sua prioridade é o pagamento das dívidas antigas em detrimento de novas compras no comércio, setor que sai prejudicado”, alerta Breithaupt.

A pesquisa também apontou a alta do índice de famílias que não terão condições de quitar seus débitos (11,3%), reflexo da desaceleração da renda em termos reais, que diminui os recursos para o pagamento das dívidas. O indicador continua muito próximo a alta histórica nos últimos três meses, sinalizando uma prévia inadimplência do mês seguinte.

Foto: Fecomércio, divulgação

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