O ex-prefeito Gean Loureiro está completamente sozinho na empreitada de se afastar do prefeito Topázio Neto, que já foi vice dele.
Loureiro foi aconselhado, inclusive, a não tomar posição de forma precipitada. O ex-prefeito peitou e ficou isolado no partido.
Os três vereadores do União na Capital, Mamá, Dinho e Dalmo Meneses, permaneceram absolutamente quietos, fazendo cara de paisagem, durante a reunião ampliada da executiva municipal de quarta-feira à noite.
Gean, aliás, já sabia que os três parlamentares eram contra o rompimento. Assim como tinha conhecimento de que os três deputados estaduais da sigla são favoráveis à manutenção do UB na base de apoio do prefeito.
Até o mesmo o presidente estadual da legenda, o deputado federal Fábio Schiochet, sinalizou que não respalda o encaminhamento desejado por Gean Loureiro.
Até porque na Capital, Florianópolis; e na maior cidade, Joinville, as decisões são de partido e não individuais.
Se o ex-prefeito quiser bancar o encaminhamento pelo desembarque da base ele provavelmente terá que repensar seu papel no partido.
Gean deve ser chamado para conversar com a direção estadual do União Brasil. Se ele decidir que mantém a posição de rompimento com Topázio Neto, acabará sem ambiente na sigla. E se recuar, Gean sofrerá, evidentemente, desgastes internos.
O ex-prefeito teria pedido, como moeda de troca para ficar com Topázio Neto, apoio do prefeito para sua candidatura a estadual em 2026 e respaldo do PSD para ele retornar à Prefeitura em 2028. Ou seja, só pensou nele e no seu próprio projeto político-eleitoral.
Todas as principais lideranças do União estão fechadas. Gean ficou falando sozinho até porque o prefeito de Florianópolis fez de tudo para que seu antecessor não tomasse essa posição açodada. Agora já transparece que o feitiço virou contra o feiticeiro.
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