Uma vez confirmada a vinda de Lula da Silva a Santa Catarina no dia 6 de julho, quando deve acontecer a reabertura do Porto de Itajaí para o transporte de contêineres – agenda, aliás, que já foi adiada três vezes – órgãos de controle, alertados por adversários e desafetos do ex-deputado Gelson Merisio, estão atentos a todos os movimentos. Tudo será observado com lupa.
Isso porque a empresa Seara, do Grupo JBS, está assumindo as operações do terminal itajaiense, o maior do estado.
A empresa vencedora da licitação foi comprada pela Seara que, aliás, é uma companhia genuinamente catarinense que foi adquirida, lá atrás, pelo conglomerado dos irmãos Batista, muito ligados a Zé Dirceu, a Lula e a outras figurinhas carimbadas do lulopetismo.
Está tudo muito sensível nesse processo. Coincidentemente, o ex-presidente da Alesc é conselheiro da JBS, e não é de hoje. Ele é catarinense de Xanxerê, mas que já mora em Florianópolis há mais de 20 anos.
Merisio é conselheiro com muita influência junto aos sócios-acionistas, registre-se. Há uma desconfiança de que possa haver aí um componente político. Ainda mais considerando-se o histórico de fechamento do terminal – também nebuloso – e a magnitude do negócio.
Considerando-se, ainda, que Gelson Merisio, filiado ao Solidariedade, esteve no projeto político de Décio Lima e Dário Berger em 2022, tudo fica mais espesso, digamos assim.
Aliás, o ex-deputado anda no absoluto anonimato, quieto. Ao que consta, atuando muito no meio empresarial, mas sempre com ligações no meio político visando atender os interesses do Grupo JBS.
foto> Denner Olividio, arquivo, divulgação – Dário Berger, Décio Lima e Gelson Merisio