Aqui estou mais uma vez, pasmo com o que tenho visto diariamente na
televisão, sem palavras ante a fúria que a natureza tem demonstrado. Os rios
quase secos, batendo recordes pela falta de água, e na direção oposta o Pantanal
e a Amazônia queimando como nunca.
Será que estas mudanças climáticas não sensibilizam mais o ser humano?
Esse é o mundo que estamos vivendo, onde a tecnologia se desenvolve cada vez
mais e em contrapartida as condições de vida vai ladeira abaixo. Estamos vendo a
degradação das estruturas básicas que mantêm a vida na terra.
“Se continuarmos degradando o nosso mundo, finalmente acabaremos com
todas as espécies que nos alimentam, enquanto sobreviverão apenas as que não
nos servem”.
O homem que se diz civilizado, está de forma irresponsável e inescrupulosa
poluindo o meio ambiente e destruindo o habitat do qual retira o seu sustento.
Os profetas do fim do mundo hoje não são só os religiosos, mas muitos
cientistas e biólogos que estão preocupados com a atual situação do planeta.
Esses profissionais de renome estão chamando a atenção da humanidade
para o real perigo de poluição da terra. Precisamos dar uma freada no atual
consumismo que assola nosso mundo.
Poucos estão preocupados com os desastres naturais, e que servem de
alerta para nós. Parece que as coisas começaram a piorar desde o maremoto em
dezembro de 2004, e deste dia até hoje, nosso planeta experimentou uma série de
calamidades naturais sem precedentes na história.
Só relembrando: tsunamis, furacões Katrina e Wilma e o terremoto do
Paquistão foram mais de 500 mil mortes. Em menos de um mês vimos os efeitos
catastróficos dos furacões Helene e Milton, nos Estados Unidos. E o pior é que
estudos mostram que nos últimos anos estes fenômenos vêm subindo
assustadoramente.
O risco de novos desastres, de novas epidemias e pandemias é muito
grande.
O desequilíbrio ecológico e o aquecimento global favorecem o
aparecimento de desastres e doenças. Pode-se dizer que a terra está se tornando
um caldeirão de infecções.
Atitudes simples de nossa parte, como não jogar lixo nas vias públicas, nos
rios e na natureza através das janelas dos carros, quando se têm a sua disposição
cestos e latas de lixo, são importantes para a preservação do meio ambiente.
A nossa deficiência individual gera ineficiência coletiva e amplia os
problemas de infraestrutura. É nosso dever educar, dar o exemplo e preservar
água pura, mantermos o verde, e preservarmos o que nos mantém.
RICARDO F WINTER
rwinter@iscc.com.