A sorte está lançada neste segundo turno. Em 51 cidades, serão eleitos os prefeitos ou eleitas as prefeitas. Nesse montante, 14 são capitais e o restante, cidades com mais de 200 mil eleitores.
Santa Catarina foi um dos poucos estados no qual o pleito se esgotou a 6 de outubro, com a reeleição de Adriano Silva, do Novo, em Joinville; e de Topázio Silveira Neto, do PSD, em Florianópolis, além da eleição em Blumenau. Na Capital do Vale, o deputado Egídio Ferrari, do PL, venceu o pleito.
Portanto, Santa Catarina está fora dessa segunda rodada, em torno da qual é grande a expectativa. E nem é para ver como as esquerdas vão terminar, porque já foi uma lástima, foi uma derrota acachapante no primeiro turno.
E não cola essa história de que o PT está disputando em quatro capitais; tem o PSOL em São Paulo e, também, mais alguns partidos de esquerda em alguns outros municípios, mas o resultado será irrisório.
Primeiro porque em São Paulo a vitória é absolutamente improvável, assim como nas outras quatro capitais onde o PT disputa.
De modo que a derrota está estabelecida para os petistas e os esquerdistas.
A grande expectativa converge em torno justamente de como sairá o PL. Os liberais já se saíram bem no primeiro turno.
Contas
Por mais que tenha feito 500 prefeituras, ficando abaixo do União Brasil e do PSD, que liderou, suplantando o MDB, que ficou em segundo, é preciso avaliar justamente o número das cidades de grande porte e as capitais.
População
Com o resultado do primeiro turno, mesmo tendo feito trezentos e tantos prefeitos a mais do que o PL, o PSD ficou um milhão abaixo se considerarmos os brasileiros que serão administrados pelo partido. Quinze milhões para o PL e 14 milhões para o PSD.
E agora o PL está disputando um número muito superior, considerando-se as perspectivas de vitórias importantes no segundo turno.
Disputa
Em Belo Horizonte e Curitiba, o PSD tem boas perspectivas, mas o PL está em outras nove capitais, que além das capitais, também disputa a eleição em outras cidades estratégicas do Brasil.
Novo mapa
É só com o fechamento das urnas desse dia 27, neste domingo, que teremos a exata dimensão de qual foi o resultado das urnas municipais. Também a projeção para 2026 e a influência que isso exercerá não apenas na segunda metade do governo Lula da Silva, mas também e especialmente nas eleições da Câmara e do Senado, porque a influência ocorrerá.
Dupla
Existem favoritos nas duas Casas Legislativas. No Senado, Davi Alcolumbre, do União Brasil; na Câmara, o deputado Hugo Mota, que é do Republicanos. Mas apesar do favoritismo, as eleições municipais vão exercer influência nesses dois pleitos específicos e também nas votações do Congresso, Câmara e Senado ao longo do exercício 2025.
Balizamento
O que é determinante para sinalizar, tanto nos Estados, Assembleias Legislativas, quanto no Governo Federal, no Congresso, os rumos daqui em diante.
Na prática
Será fundamental para indicar a perspectiva de aprovação de projetos e matérias que, de alguma forma, também poderão fortalecer ou enfraquecer o projeto eleitoral de reeleição do atual inquilino do Palácio do Planalto, assim como dos governadores que buscarão o segundo mandato, como é o caso de Jorginho Mello em Santa Catarina.