Florianópolis, 01.11.2024 – Aumentar o portfólio de produtos, ter foco no cliente e no mercado e investir na internacionalização foram os pilares da estratégia da WEG para crescer. A receita foi compartilhada pelo presidente do conselho da companhia, Décio da Silva, que esteve na sede da Federação das Indústrias de SC (FIESC) para o evento Almoço de Ideias, da ADVB, nesta quinta-feira, 31.

O investimento em inovação foi um dos caminhos que a WEG usou para ampliar a oferta de produtos, sempre buscando agregar cada vez mais valor. “Passamos a oferecer produtos complementares, aproveitando a sinergia, e depois partimos para oferecer soluções completas para nossos clientes”, explicou.

Para que isso fosse possível, a empresa tem investido continuamente em pesquisa e desenvolvimento. Só em 2023, foram R$ 832 milhões, ou aproximadamente 2,6% da receita operacional líquida. “Foram décadas mantendo o investimento em inovação. O que faz a empresa forte é fazer continuadamente”, afirmou. A consistência trouxe resultados. No ano passado, 59,1% da receita da WEG veio de produtos desenvolvidos nos últimos 5 anos.

Cliente no centro
Para ser fiel ao pilar de ter o cliente e o mercado no centro da atenção da empresa, a WEG tem entre suas principais lideranças pessoas que passaram pela área de vendas. Silva explicou que, dos 16 executivos de unidades de negócios, apenas três não passaram pela área comercial.

Outra aposta é valorizar as pessoas, investir em sua formação profissional e como lideranças, oferecendo a elas novas oportunidades e desafios. “Acreditamos que as empresas não podem mudar suas lideranças continuamente. Senão não há curva de aprendizado, não há incorporação da cultura. Mas também não pode não mudar nunca.”
Mercado Externo
A internacionalização, outro fundamento da estratégia da WEG para crescer, foi baseada em criteriosa análise de risco, um passo de cada vez. As primeiras aquisições fora do país foram de empresas de pequeno e médio portes. “Eu tinha um cheque de até US$ 10 milhões”, comentou, referindo-se ao tempo em que ocupou a presidência executiva da companhia.

Os investimentos levaram em conta também a posição estratégica da nova unidade em relação a mercados em que a companhia queria ampliar sua participação. “A compra de nossa fábrica na China sempre teve como foco atender o mercado asiático. A ideia nunca foi exportar de lá para o Brasil ou América do Norte”, destacou. Outro objetivo importante com a internacionalização foi a absorção de conhecimento e novas tecnologias.

Painel debate governança e internacionalização. (Foto: Filipe Scotti)

Na avaliação do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, as empresas catarinenses precisam seguir o exemplo da WEG ao se internacionalizar. “O Estado se destaca na exportação de produtos de alto valor agregado, para mercados competitivos como Estados Unidos e União Europeia, e a WEG é uma das grandes responsáveis por esse movimento”, destacou

Para garantir que tanto unidades no Brasil como no exterior mantenham a mesma cultura organizacional, o presidente do conselho destaca a importância de uma estrutura de governança em que todos – acionistas, conselho, alta direção e colaboradores – vivenciem a missão, os valores e o propósito da empresa. “Nos esforçamos para que essas palavras ganhem vida”.

Sucessão nas empresas familiares foi tema de painel com CEO da Malwee e conselheiros da Karsten e Duas Rodas. (Foto: Filipe Scotti)

Governança e Sucessão
O encontro reuniu ainda o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, os presidentes dos Conselhos de Administração da Duas Rodas, Leonardo Fausto Zipft, e da Karsten, Gil Karsten, além da ex-conselheira e atual CEO da Malwee, Gabriela Rizzo para um painel, mediado pelo presidente executivo da ADVB, Ricardo Barbosa Lima. O tema sucessão em empresas familiares foi o destaque do debate.

A executiva da Malwee destacou a importância de ter o apoio da família e acionistas para auxiliar a transição. Gabriela Rizzo, que é a primeira pessoa de fora da família controladora da empresa a presidir a Malwee, fez o caminho inverso da maioria dos CEOs. “Minha trajetória na Malwee começou pelo Conselho de Administração, onde fiquei 2,5 anos. Foi uma espécie de onboarding, tempo em pude conhecer a empresa e sua cultura”, destacou.

Para Gil Karsten, do Conselho da empresa centenária, a sucessão precisa ser bem estudada. Ele relatou os desafios enfrentados pela Karsten neste processo.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
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