Os desafios do PMDB de SC
O PMDB de Santa Catarina passou por um ano desafiador e, ao mesmo tempo, com mudanças. Primeiro, a inesperada morte do senador Luiz Henrique da Silveira, a principal liderança peemedebista de todos os tempos. Depois, a eleição do deputado federal Mauro Mariani, colocando ponto final em um reinado de mais de 10 anos de Eduardo Moreira à frente do partido.
Hoje, Mariani trabalha para se reconectar a sigla com a sociedade, tendo mobilizado mais de 20 mil peemedebistas no final deste ano, com a realização das convenções municipais. Recentemente, o PMDB lançou o primeiro aplicativo digital de participação social aqui no Estado, o QuinZapp. “O partido se moderniza e sai na frente para ouvir e traduzir o sentimento da população neste novo momento da política brasileira”, salienta Mauro Mariani.
Em março, o PMDB promove sua convenção nacional. O presidente do Senado, Renan Calheiros, que lidera uma corrente para interromper o domínio de uma década de Michel Temer, já tem candidato para enfrentar o vice-presidente da República no âmbito partidário: o senador Romero Jucá.
O PMDB catarinense, que em 2018 não vai abrir mão do protagonismo sucessório, depois de duas eleições consecutivas como coadjuvante, está majoritariamente alinhado com a reeleição de Temer. Vale lembrar que foi contra Renan que LHS disputou a presidência do Senado, em fevereiro. E todos sabem muito bem como Luiz Henrique foi derrotado. Dilma Rousseff e Lula da Silva que o digam!
Fato gerador
Não é por acaso que o PMDB catarinense buscou um progressivo distanciamento do PT, especialmente a partir de 2006, quando os petistas apoiaram Esperidião Amin no segundo turno, contra Luiz Henrique. SC é um dos 10 Estados brasileiros em que os peemedebistas não alimentam nenhuma sintonia com o PT.
Com os tucanos
Na estratégia que está concebendo para 2018, Mauro Mariani quer como aliado preferencial o PSDB, o que por si só já é uma clara sinalização para os petistas. É com os tucanos que o PMDB vai buscar coligações nas eleições do próximo ano, especialmente nos municípios de médio e grande portes.
Desembarque
A bancada do PSDB ganhou um senador de graça neste ano, quando em maio, Dalírio Beber sucedeu LHS. Só que antes de chegar 2016, já tomou conhecimento que vai perder um integrante. O paranaense Álvaro Dias está se transferindo para o PV. Alega que é para concorrer à Presidência, em 2018, já que o ninho dos tucanos está inflacionado de pré-candidatos.
Providencial
Na verdade, Álvaro Dias é pré-candidato ao governo do Paraná. Embora não tenha convivido de perto com o governador Beto Richa, que cumpre seu segundo mandato, é correligionário dele. Apesar das divergências internas, para o público externo (eleitorado) pouco importa. E como Richa acumula brutal desgaste, com mais de 700% de rejeição de sua administração, Dias tratou de bater em retirada. Não quer saber de respingos e muito menos contaminação.
Mobilização
Para a deputada federal Carmen Zanotto, uma das metas a ser perseguidas em 2016 é a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que dispõe sobre a aplicação de 10% da receita bruta da União em ações e serviços de saúde pública. A vice-líder do PPS na Câmara é autora do parecer já aprovado em comissão especial, que deverá ser submetido ao plenário ainda no primeiro semestre do próximo ano.