Fundador da maior fabricante de fixadores da América Latina (a Ciser), Carlos Frederico Adolfo Schneider partiu no último final de semana, aos 92 anos, deixando um legado marcado pelo pioneirismo e o perfil empreendedor. Foi um dos grandes desbravadores do Norte do Estado, com indiscutível repercussão estadual.
Também conhecido por Príncipe das Nascentes, Carlos Frederico não se restringiu em viabilizar a Ciser, que criou em 1959, apostando ainda no ramo imobiliário. Ganhou projeção nacional junto a ambientalistas por ter adquirido ao longo das últimas cinco décadas áreas de preservação da Mata Atlântica, especialmente na região do rio Quiriri. Com base em estimativas preliminares, são mais de nove mil hectares, integralmente preservados, incluindo rios, florestas.
Ele também nunca descuidou das iniciativas de cunho social e comunitário. Destaque para o Museu Nacional de Imigração e Colonização, que mereceu forte revitalização.
A Ciser é hoje a principal base do Grupo H. Carlos Schneider, formado por outras seis empresas, nos ramos de incorporação imobiliária, logística, agropecuária e energia. Hoje o comando cabe ao filho Carlos Rodolfo Schneider (foto interna), que já presidiu a Associação Comercial e Industrial de Joinville, além de ter ocupado posições de primeiro escalão nos governos de Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira.
Atualmente, Carlos Rodolfo também coordena, juntamente com o economista Paulo Rabello de Castro, o Movimento Brasil Eficiente (BEM), que sustenta a necessidade da simplificação e racionalização da estrutura tributária brasileira (abrange impostos e contribuições federais e estaduais), reduzindo a quantidade e os custos de sua administração para o contribuinte. E também a eficiência na gestão pública por meio do planejamento dos gastos, contenção da taxa de crescimento das despesas dos governos e mais investimentos em infraestrutura.
