Possibilidades de reeleição
A Confederação Nacional dos Municípios elaborou detalhado estudo, em todos os municípios do Brasil, e descobriu que 76,4% prefeitos das 5.568 cidades podem se candidatar à reeleição nas eleições deste ano.
Dentre os 27 Estados da federação, Santa Catarina é o que tem o percentual mais baixo neste sentido: 71% dos atuais gestores podem tentar novo mandato consecutivo.
Também chama a atenção o domínio masculino à frente das prefeituras. Na região Sul, nada menos do que 91% dos pré-candidatos à reeleição são homens.
Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, lembra que 2016 é o último ano de vigência do instituto da reeleição para os cargos executivos no Brasil.
Desgaste
O estudo também escancara o desgaste a que estão submetidos os prefeitos, permitindo projetar que muitos terão sérias dificuldades de reeleição. Segundo a CNM, em 2000, ano da primeira reeleição, 58% dos que postularam novo mandato consecutivo tiveram êxito.
Abismo
Em 2012, na mais recente disputa reeleitoral, apenas 23,6% dos mandatários conseguiram renovar o mandato. Evidentemente que há outros fatores, como o fato de muitos já terem completado dois mandatos consecutivos em 2012, que contribuíram para a queda. Mas o desgaste brutal dos prefeitos, aprofundado pela penúria financeira, é factível e tira o sono de muita gente.
Contramão
Embora todo o setor produtivo e os trabalhadores em geral abominem a volta da CPMF, nos corredores do poder, em Brasília, o retorno do imposto é dado como certo. O governo já teria os votos necessários para a aprovação. Muitos conquistados em função do ano eleitoral. Com o fim da proibição das doações empresariais, deputados e senadores vão ficar nas alturas se liberarem emendas aos municípios. E este é o aceno do Palácio do Planalto.
Xô, CPMF!
“Enquanto o País vive uma situação de extrema gravidade, com elevados índices de desemprego, inflação alta, economia estagnada e crise política e ética sem precedentes, o bom senso exige que se afaste qualquer medida que prejudique, ainda mais, o setor produtivo e a classe trabalhadora”, diz trecho do manifesto contra a CPMF, divulgado pelo Conselho das Federações Empresariais de SC (Cofem), formado por Fiesc, Faesc, Fetrancesc, Fecomércio, Facisc, FCDL e Fampesc.
Eólica em Laguna
Um dos maiores investimentos da iniciativa privada na história do município de Laguna deverá ter início ainda neste ano. Pelo menos é o que preveem diretores do Grupo Open, de Porto Alegre, e da RDS, de Florianópolis. Ambos são voltados ao mercado de produção de energias eólicas e fotovoltaicas. Os representantes da empresa gaúcha, por exemplo, estão habilitados para o próximo leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no fim de março.
Prorrogado
Este leilão iria ocorrer em janeiro, mas foi prorrogado. “Foi até melhor para nós. Assim, temos mais tempo para finalizar os últimos detalhes do projeto”, revela o engenheiro Leo Riffel, do Grupo Open, que planeja a instalação de 65 aerogeradores na região da Madre, a um custo inicial de R$ 800 milhões. A companhia catarinense tem pretensões ainda mais ousadas: injetar 2,4 bilhões na construção de um complexo com 249 torres.
