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Vem aí a CPI do Ministério Público junto ao TCE

Assim que a ressaca carnavalesca passar, os tamborins que vão rufar são os da Assembleia Legislativa. O bloco escalado para descer a passarela atenderá pelo nome de CPI do TCE, que deve ser criada para fazer uma verdadeira devassa no Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (na foto, registro de sessão do pleno do tribunal). O puxador do samba-enredo é o deputado Kennedy Nunes (PSD). O bloco tem como mestre-sala o presidente da Casa, Gelson Merísio. O patrono é ninguém menos do que o governador Raimundo Colombo. A folia de Momo nem começou oficialmente e o samba entre as duas instituições já atravessou pra valer. Inconformados com as mudanças na Lei Orgânica do TCE, os integrantes do MPTCE recorreram ao Judiciário ainda em dezembro, mas conquistaram nota zero.

tce plenário

As duas peças (Adins) que apresentaram à ministra Carmen Lúcia, a plantonista linha de frente do STF no fim de janeiro, foram rejeitadas. Mesmo assim, a turma não se deu por vencida. Para questionar o resultado da votação na Alesc (que aprovou mudanças importantes na corte de contas), o MPTCE deu início a uma campanha publicitária, espalhando outdoors pela Capital. As publicações sugerem que Colombo, Merísio e o presidente do PSDB, Marcos Vieira, além de promoverem a retirada de atribuições do MPTCE, o que não é verdade, poderiam estar envolvidos em algum ato de corrupção. O tom correto sobre o quesito atribuições indica que apenas os auditores não poderão mais ser conselheiros no TCE. Mas a revolta que vem das arquibancadas da corte contábil é promovida pelo corte de privilégios (MPTCE), como, por exemplo, o generoso auxílio-moradia, que já não é mais pago, dentre outros. A coreografia descompassada dos procuradores está gerando fortíssimas reações. A tendência é que a CPI nasça entre o fim de fevereiro e o começo de março. Esse é um Carnaval que não terá data para acabar e que promete trazer emoções fortíssimas ao distinto público.

Foto: TCE, arquivo, divulgação

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