Crise e oportunidade
A gravíssima crise moral e ética que os políticos brasileiros cavaram para si mesmos, talvez a maior da história tupiniquim, respinga duramente também nas siglas partidárias que abrigam vossas excelências, enlameadas ou não. O desgaste é brutal principalmente para as legendas que vêm estrelando os escândalos de corrupção na era PT. Além do próprio partido de Lula da Silva, o PP e o PMDB também frequentam assiduamente o noticiário policial, não apenas as páginas de política. Nessa toada, o ideal seria uma verdadeira depuração nos quadros partidários e uma revisão profunda de seus estatutos e programas (que mofam em algum link dos sites oficiais na internet). Não por acaso, o PP – partido que mais emprestou quadros a denúncias, investigações e prisões no âmbito da Lava Jato – entrou em 2016 falando em “Novo PP” e candidatura presidencial para se descolar do PT.
Roberto Amaral no PSDB?
Empresário bem sucedido na área de comunicação, Roberto Amaral, dono do SBT em Santa Catarina e presidente do Ciasc, foi convidado pelos senadores Paulo Bauer e Dalírio Beber a assinar ficha no PSDB e disputar a prefeitura de Lages. Projeto que conta com o aval do presidente estadual dos tucanos, deputado Marcos Vieira.
Fator Colombo
Amaral está fazendo as consultas necessárias para a definição. Evidentemente, vai conversar com o governador Raimundo Colombo a respeito da proposta tucana. Muito embora o quadro só vá ficar mais claro depois do dia 15 de fevereiro, a inclinação de momento é pela filiação ao PSDB e candidatura à prefeitura da maior cidade serrana.
Ceron e Elizeu
Em Lages, Antônio Ceron está se colocando como candidato para disputar novamente o paço municipal. Mas há muitas indefinições, a começar pelo PMDB do prefeito Elizeu Mattos. Não se sabe ele se disputará novamente; não se sabe nem se ele estará na prefeitura durante o processo eleitoral, tampouco se o partido pode apresentar plano B ou compor com outras legendas.
Toni e Carmen
No PPS, do vice-prefeito Toni Duarte, também o quadro é um pouco confuso. O próprio Toni, que assumiu a prefeitura por 10 meses, pode ser candidato. Mas há também a deputada Carmen Zanotto, que tanto pode ficar na legenda como migrar para o PSB para disputar na cabeça de chapa. Ou seja, o páreo está aberto, o que pode ter peso fundamental para a definição de Roberto Amaral.
Oposição se articula
Em Balneário Camboriú, o suplente de Deputado Federal Fabrício Oliveira (PSB), postou o seguinte em suas redes sociais depois de se encontrar com outros líderes que fazem oposição política na cidade: “Boa e produtiva conversa com os amigos Junior Pavan, Ary Sousa e Carlos Humberto. Júnior Pavan (PSDB) é o filho, e herdeiro político, do deputado estadual Leonel Pavan, ex-prefeito da Balneário; Ary Souza é o presidente municipal do PSD e Carlos Humberto Metzner Silva preside o PR e o Sinduscon da cidade.
FHC dispara
Ex-presidente Fernando Henrique publicou novo artigo na grande mídia no fim de semana que passou. A certa altura, assinalou: “Em meio ao desmoronamento, o lulopetismo procura embaçar a vista de quem assiste à sua queda dizendo que tudo não passa de uma trama ‘da direita’ para desacreditá-lo por ser ‘de esquerda.’’