Brasil quer impeachment
Se ao Congresso faltava somente o apoio maciço das ruas para levar adiante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, agora não falta mais. Manifestações históricas levaram milhões de pessoas às ruas no fim de semana (é difícil precisar o número). O clamor do asfalto foi um só de norte a sul do Brasil: deposição da petista, prisão de Lula da Silva e posição contra a corrupção generalizada que tomou conta do país.
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife assistiram à maior quantidade de pessoas protestando na história recente deste país. Na Orla de Copacabana, estimou-se em cerca de 1,5 milhão o número de brasileiros que não aguentam mais o desgoverno, as mentiras, a roubalheira e o deboche com as instituições e as pessoas de bem, que trabalham e produzem.
Na Capital pernambucana, cerca de 100 mil lotaram a famosa Praia de Boa Viagem. Número semelhante de patriotas reuniu-se em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Em São Paulo, a avenida Paulista lotou logo depois do almoço. Às 14.30h, já se falava em mais de 1 milhão de manifestantes. Como disse uma repórter que entrou ao vivo dali, “não cabe mais ninguém.” Às 17h, as redes de TV estimavam em 2 milhões de pessoas na Paulista, algo jamais visto!
Um mês e meio
Na sexta-feira, a Câmara divulgou que, se o STF confirmar a definição do rito do impeachment esta semana (provavelmente na quarta-feira), o desfecho demorará aproximadamente 45 dias.
Pagar o pato
A Fiesp colocou enormes patos infláveis amarelos em frente à sua sede, na Avenida Paulista, o coração financeiro do Brasil. O mote é “eu não vou pagar o pato.” Pequenas réplicas do bichinho foram distribuídas à população. É uma campanha contra o aumento de impostos.
Pontapé
Chapecó foi a primeira cidade mais importante a se manifestar contra tudo o que está aí. No sábado, cerca de 15 mil oestinos foram às ruas, numa prévia do que aconteceria por todo o país no domingo.
De manhã
Várias cidades do interior de Santa Catarina organizaram seus protestos já no domingo de manhã. Independentemente do tamanho ou importância econômica, pelo menos 30 cidades do interior registraram manifestações. Tudo de forma ordeira e pacífica. Um show de democracia e cidadania.
Bombou
Em Florianópolis, os moradores da Capital lotaram a Avenida Beira-Mar Norte para protestar. Às 17h12min, o pelotão de frente da passeata estava no Hotel Majestic enquanto ainda havia gente entrando na curva antes da Ponte Hercílio Luz, sentido Sul-Norte. Em Balneário Camboriú, a passeata durou mais de uma hora. Milhares de pessoas foram ao asfalto. Não há mais paciência. O governo Dilma acabou.
José Natal no PMDB
Conforme a coluna antecipou na edição deste fim de semana, o vice-prefeito de São José, José Natal, confirmou que está ingressando no PMDB. Deve assinar ficha nesta segunda-feira, na presença do senador Dário Berger, que já administrou a quarta maior cidade de SC por dois mandatos. Natal sai do PSB (ele já foi do PSDB), onde estava com o compromisso de disputar a prefeitura com o apoio do PSD de Adeliana Dal Pont. Como a engenharia não se confirmou, ele vai às urnas contra a prefeita, de quem é vice.
