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O placar de SC

O placar de SC

Com o desembarque de Djalma Berger do comando da Eletrosul, o senador Dário Berger deve votar pelo impeachment de Dilma Rousseff. Na Câmara Alta, o placar então deve ser de 3 a 0 contra o governo considerando aposição já assumida dos tucanos Paulo Bauer e Dalírio Beber. Já entre os 16 catarinenses da Câmara Federal, 12 votos serão pela degola da invenção lulista. Apenas três estão ao lado de Dilma. Os petistas Décio Lima e Pedro Uczai, e a comunista Angela Albino. Há uma dúvida em relação à postura de Celso Maldaner (PMDB). Em recente reunião da Frente Parlamentar do Agronegócio, o peemedebista manifestou-se contrário ao movimento para retirar a presidente do cargo. Desconfia-se, portanto, que ele possa manter esta posição em plenário, muito embora o PMDB tenha praticamente rompido com o PT, Dilma e Lula. Michel Temer sequer compareceu ao ato de posse – suspenso pela Justiça em seguida – de Lula da Silva como ministro da Casa Civil. Diante da expectativa de Temer chegar à presidência, Maldaner poderia dar uma guinada.

 

Maioria

Ou seja, se depender de Santa Catarina, Dilma vai para a guilhotina com ampla maioria.  Uma lavada. Apenas 15,7%, neste contexto, da representação estadual em Brasília está ao lado do governo que já acabou! Isso se Maldaner votar pelo impedimento.

 

Equívoco brutal

Um olhar mais detalhado sobre a permanência da deputada federal Geovânia de Sá no PSDB permite avaliar que ela pode ter cometido um equívoco brutal. O PSD estava de portas abertas para ela. No novo partido, ela faria dobradinha no Sul com José Nei Ascari, segundo estadual mais votado em 2014. Agora, além de ter a concorrência de Ricardo Guidi, que vai disputar uma vaga na Câmara Federal pelo PSD, ela não tem qualquer garantia de que o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, não venha a se candidatar a federal.

 

Fator espiritual

Não bastassem estas duas variáveis, há ainda uma terceira. Se ela migrasse para o PSD, seria nome certo do partido para federal, onde poderia contar, ainda, com dobradinhas dentro da sua igreja com os estaduais Kennedy Nunes (Joinville) e Ismael dos Santos (Blumenau). O trio professa a mesma fé. Aberto o espaço, tanto Kennedy quanto Ismael podem pleitear a disputa a federal com o apoio da igreja. Resumindo: equívoco triplo da tucana!

 

Janela

A janela para detentores de mandato trocarem de partido sem perderem os cargos acabou. A partir de agora, o cenário e as composições eleitorais começarão a ficar mais claras. Entre os federais de SC, ninguém mudou de partido. Já na Alesc, houve três trocas: Ricardo Guidi deixou o PPS e alistou-se no PSD; Maurício Eskudlark saiu do PSD e assinou no PR e Mário Marcondes, que não é mais republicano e filiou-se ao PSDB.

 

Faturada

Os bastidores de Brasília indicam que o PMDB deve formalizar o rompimento com o governo no dia 29, durante reunião da executiva nacional. O vice Michel Temer saiu de Brasília na véspera da posse de Lula da Silva e só deve retornar depois que o partido pactuar sua posição. Se este encaminhamento se consolidar como tudo indica, quem vai dar mais uma faturada é Mauro Mariani, presidente estadual do partido. Foi dele a iniciativa de desembarcar da nau lulo-dilmista no começo na segunda-feira passada. Foi o primeiro diretório estadual do PMDB a pular fora.