Cresceram substancialmente, nas últimas horas, as projeções dando conta de um dos ministros do STF pode pedir vistas, na sessão de amanhã, quarta, ao processo em que Santa Catarina questiona a cobrança de juros sobre juros pratica pela União sobre a dívida estadual. Em princípio, está pautado para julgamento o mérito do processo. O Planalto alega que, em caso de vitória da chamada tese de SC, haveria um rombo de R$ 300 bilhões a partir da enxurrada de ações.
Com Dilma Rousseff na iminência de cair, o pepino ficaria para Michel Temer. Há quem veja na mudança a possibilidade de uma nova negociação para a questão até mesmo pelas vias política e administrativa. Os próprios ministros do Supremo podem avaliar que seria prudente julgar causa tão polêmica somente depois de situação política do país dar uma clareada. Ou seja, depois de definida ou não a degola da ex-mãe do PAC.
Raimundo Colombo e Antônio Gavazzoni (Fazenda) estão em Brasília desde ontem, segunda. Nesta terça, o procurador-geral do Estado, João Martins Neto, embarcou para a Capital. E na quarta, o presidente da Alesc, Gelson Merísio, vai engrossar a comitiva catarinense. Mesmo assim, a expectativa é de que o julgamento do mérito será adiado.
Batalha perdida
Há setores no governo estadual que estão alertando para a batalha de comunicação, onde os Estados estão levando de goleada. O governo federal conseguiu passar a imagem de que as unidades federadas querem reduzir as dívidas porque gastaram demais com folha de pessoal.
Neste ponto, a União levou sorte, pois a mídia nacional está apoiando a tese por pressão dos bancos. Não pela intervenção do governo Dilma.