Blog do Prisco
Coluna do dia

O mascate Colombo

Raimundo Colombo embarcou a Coreia do Sul no sábado. Antes de chegar ao destino, acompanhado do secretário Moacir Sopelsa e do presidente da Assembleia, Gelson Merísio, tinha uma parada prevista na Espanha. Na sexta-feira, diante de todo o Colegiado e da esmagadora maioria dos servidores comissionados do Estado, o governador passou a caneta para o vice, Eduardo Moreira, e renovou o apelo por mais economia e aperto total nos cintos.

Colombo avisou que poderia baixar um decreto, cortando as despesas em 20% de forma linear. Ele não considera, contudo, esta uma solução inteligente. A saída, insistiu o governador, é sensibilizar os colaboradores para redução dos custos dentro da realidade de cada setor.

No mesmo ato, em que pese toda a penúria financeira, Raimundo Colombo anunciou o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais no dia 15 de julho. O ganho extra, somado aos salários do mês, vai injetar R$ 2,3 bilhões na economia catarinense.

 

Redução drástica

Fechado o primeiro semestre do ano, a Fazenda estadual registou em junho um acréscimo de anêmicos R$ 7 milhões na arrecadação, comparado com o mesmo de 2015. Somente com a folha de pagamento, neste último ano corrido, houve um incremento de R$ 100 milhões!

 

Gestão

Apesar das distorções, as finanças do Estado seguem equilibradas porque Santa Catarina fez o dever de casa lá atrás, ainda no primeiro mandato de Colombo e, especialmente, no primeiro ano do segundo mandato.

 

Lava Jato

Na semana que passou, o notório Renan Calheiros anunciou que desengavetaria projeto de lei, de 2009, que estabelece punições contra crimes de abuso de autoridade. Uma clara reação à Lava Jato, em cujo âmbito o alagoano é investigado.

 

Reação

Os investigadores reagiram de bate-pronto. Na sexta-feira, a Lava Jato chegou à empresa JBS com a prisão do doleiro Luis Funaro. Um dos grandes interlocutores do não menos notório Eduardo Cunha.

 

Diferenças

Enquanto o PSD parece não se entender em relação à estratégia tanto para as eleições de 2016 quanto para a de 2018, o PMDB demonstra estar muito mais focado e unido, sinalizando, ainda, para uma preferência de parceira com o PSDB onde for possível.

 

Incógnita

Em São José, o vice-prefeito José Natal abandonou o projeto PSB-PSD apenas dois meses depois de ingressar na sigla socialista, egresso do PSDB. E abraçou o PMDB, sonhando com o  apoio do senador Dário Berger para a disputa eleitoral em São José. Há quem diga, porém, que esse suporte vai ficar somente no campo dos sonhos mesmo.

 

Desafetos

Aliás, não convidem o próprio José Natal e o presidente da Alesc, Gelson Merísio, para a mesma mesa. O deputado não pode nem ouvir falar no neopeemedebista. A mesma situação serve para o ex-deputado Paulo Bornhausen.

 

Vetado

Segundo o Jornal O Globo, o conselho de administração da Eletrobrás vetou o nome de Djalma Berger para a presidência da Eletrosul. Mas Michel Temer e companhia devem encontrar um belo abrigo para ele, já que o voto do irmão, Dário, no Senado, é precioso quando o assunto é degolar de vez Dilma Rousseff via impeachment.

 

Populismo

O Bolsa Família (bolsa-voto) é apenas uma das heranças malditas do PT, que governou sempre com o apoio do PMDB. Michel Temer não só manteve essa distorção absurda, como ampliou seu alcance. Enquanto isso, a meritocracia e a geração de oportunidades vão sumindo no abismo paternal do Estado administrado por políticos obcecados por votos que levam ao poder.