O presidente Michel Temer, por duas razões principais, não virá a Santa Catarina fazer campanha para os candidatos do PMDB, a exemplo do que fez em 2012, quando era vice. Há quatro anos, o peemedebista desembarcou em Florianópolis e Joinville para reforçar as campanhas, respectivamente, de Gean Loureiro e Udo Döhler. Os dois candidatos estão novamente no páreo, mas não poderão contar com o chefe do Executivo.
Primeiro, porque Temer tem pouco tempo para arrumar a casa e reconstruir as bases da economia, implodidas pela incompetência e pelo ideologismo de manual dos petistas, comunistas e socialistas. Não terá tempo para pedir votos. Segundo, porque agora Michel Temer é presidente e precisa de uma base sólida no Congresso para aprovar justamente as reformas que vão recolocar o país no rumo do desenvolvimento.
O que diriam Esperidião Amin, este do PP (partido aliado) e dono de um voto na Câmara, se o peemedebista subisse no palanque de Gean? Em Joinville, também não há a menor condição política para a presença de um presidente cabo-eleitoral neste momento. Udo disputa contra candidatos de três partidos da base governista no Congresso: PSDB, com Marco Tebaldi; PSD, com Darci de Matos; e o próprio PP, que lançou a candidatura de Doutor Xuxo.
Ampulheta
A partir deste sábado, estarão faltando 30 dias para as eleições, cuja campanha ainda engatinha e briga contra a falta de recursos para inundar as ruas.
Cautela
Para Raimundo Colombo, o quadro não é tão complexo, mas o governador precisa calibrar bem. Se abraçar explicitamente a campanha de Angela Amin em Florianópolis (e o raciocínio vale para outras cidades), como reagiram os cardeais do parceiro PMDB? Em Lages, terra do governador, ele está pedindo votos para Antônio Ceron (o que seria natural) e em Joinville para Darci de Matos. E já houve reações na maior cidade do Estado.
Esquentando
A exemplo do que já vem ocorrendo em Joinville, na Capital a disputa começa a esquentar. Gean Loureiro já alfinetou, no programa de TV, a aliança de Angela Amin com o PSD do prefeito Cesar Souza Jr. Certamente, para colar na ex-prefeita o desgaste do atual alcaide.
Vazou
O ex-senador, ex-líder de Dilma no Senado e ex-petista, Delcídio do Amaral, que tem residência em Florianópolis, passou dois dias em Curitiba. As informações que vazaram indicam que ele teria entregado Lula de bandeja. O ex-presidente, segundo a versão do ex-aliado, comandava o esquema de corrupção na Petrobrás.
Antes do impeachment
O Instituto Paraná foi às ruas antes da degola definitiva de Dilma Rousseff. Perguntou a 2002 pessoas quem elas gostariam que fosse o presidente do Brasil “de agora em diante.” Michel Temer foi citado por 41,2% e Dilma Rousseff 21,9%. A opção nenhum dos dois foi escolhida por 34,7%.
Confiança
Os pesquisados do Instituto Paraná também questionaram os participantes sobre o componente da confiança e da esperança. Quiseram saber se elas, a confiança e a esperança, voltaram depois do afastamento de Dilma. Para 51,6%, a resposta foi sim. O não foi a opção de 45,1%.