Conforme o blog antecipou, ainda em outubro, o PSDB já teria encaminhado o ingresso formal e no primeiro escalão do governo Raimundo Colombo. Os nomes são os dos deputados estaduais Leonel Pavan, que assumiria a Secretaria de Estado do Turismo, em substituição a Filipe Mello, filho do deputado federal Jorginho Mello, presidente do PR catarinense. Na Saúde, entraria o médico Vicente Caropreso, no lugar de João Paulo Kleinübing, que reassumiria o mandato de deputado federal. Voltaria para Brasília.
Pavan tem afinidade com o setor turístico. Foi três vezes prefeito de Balneário Camboriú, a praia mais conhecida do Sul do Brasil. Também foi senador, vice-governador e governador em mandato-tampão. Já Caropreso é neurocirurgião e umbilicalmente ligado a Paulo Bauer. Isso significa que o próprio Bauer e o hoje governador Colombo, que se enfrentaram na eleição majoritária de 2014, poderiam estar juntos em uma chapa na disputa de 2018. A exemplo do que ocorreu em 2010, quando Colombo concorreu ao governo e Bauer ao Senado.
Saída do PR
Raimundo Colombo nunca quis contar com Filipe Mello no Secretariado. Manteve o advogado no cargo em função dos dois votos que Jorginho controla na Assembleia. Mas a nova radiografia das urnas pode mudar as perspectivas. A saída do PR do governo também teria relação direta com as disputas eleitorais deste ano nos municípios.
Quintal
Em Lages, berço político e reduto do governador, o PR ameaçou a vitória de Antonio Ceron, o candidato de Colombo, com a candidatura muito bem votada de Marcius Machado. O chefe do Executivo estadual não engoliu a manobra. Em Florianópolis, por exemplo, o PR está com Gean Loureiro, que venceu a eleição contra a chapa PP-PSD. O PR praticamente não fechou acordos relevantes com o PSD em Santa Catarina, colocando-se na berlinda.
Presidente reage
Presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira soltou nota oficial informando que “não foi procurado pelo governador Raimundo Colombo para conversar acerca de eventual participação do partido em seu governo”. Segundo Vieira, o que já foi publicado até o momento sobre o assunto “é mera especulação”. O comandante tucano também desautorizou qualquer outra pessoa a negociar com o governador e a cúpula do PSD.
Posição mantida
A coluna respeita e muito a opinião do presidente Marcos Vieira. Mas reafirma que as informações divulgadas nos meios eletrônicos e impressos até o momento vieram de várias e confiáveis fontes. Portanto, a coluna discorda da posição do líder tucano, até porque tudo indica que ele está isolado em dois processos fundamentais: a composição da nova Mesa Diretora da Alesc e também acerca da entrada do tucanato no governo Colombo. O problema maior talvez resida no fato de que as negociações não estão passando por ele. Nem no Legislativo nem no Executivo.