No dia seguinte à sua reeleição, quando venceu, em segundo turno, o deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD), Napoleão Bernardes ligou para Raimundo Colombo, correligionário de seu oponente.
Nesta terça-feira, ele foi recebido pelo governador. A conversa foi muito boa, cordial. Napoleão ressaltou que o que se passou na campanha, passou. Ficou para trás e que é hora de olhar para frente, pensando em Blumenau. Ao seu estilo, Colombo concordou e reforçou sua disposição de ser parceiro da cidade.
O prefeito aproveitou a agenda na Capital para também visitar os três deputados que representam a cidade na Assembleia. Conversou com o adversário de campanha (Kuhlmann), que o recebeu muito bem, até pela grandeza do gesto praticado por Napoleão Bernardes, que também teve boas agendas com Ana Paula Lima (PT) e Ismael dos Santos (PSD). Os dois apoiaram Kuhlmann no segundo turno em Blumenau.
A exemplo de Colombo, Jean Kuhlmann afirmou que está à disposição para ajudar a cidade. Uma das principais lutas do prefeito é para conquistar recursos para obras viárias. Os gestos de Napoleão dão a dimensão de seu tamanho e de sua visão política. Sem sombra de dúvidas, ele está se preparando para voos mais altos no futuro.
Repercussão
Impressionante a repercussão, nas redes sociais, depois da vitória de Donald Trump nos EUA. Muita gente com medo de uma piora no cenário mundial, que já anda bem bagunçado há muito tempo. A conferir!
Renúncias na Alesc
Aldo Schneider já renunciou à vice-presidência da Assembleia e o colega Silvio Dreveck não é mais o líder do governo na Alesc. É uma questão regimental. Aldo não poderia ser eleito novamente, na mesma legislatura, primeiro vice-presidente. O peemedebista Aldo será vice do próprio Dreveck na eleição interna de fevereiro de 2017, quando Gelson Merísio deixará o comando da Casa.
Articulação exitosa
O regimento também alcança o futuro presidente, que não poderia ser alçado ao cargo como líder governista. Ele vai presidir o Parlamento estadual em 2017 e Aldo em 2018! Toda essa articulação, já consolidada nos bastidores, foi costurada pelo presidente Gelson Merísio.
Antonio Aguiar é o novo vice-presidente e Darci de Matos deve ser o novo líder do governo no Parlamento estadual.
Turbulência
O PR emitiu nota oficial, assinada por seu presidente, deputado federal Jorginho Mello, tentando justificar a saída do partido do governo estadual. O filho do parlamentar, Filipe Mello, entregou o cargo de secretário de Turismo, Esporte e Cultura para evitar ser demitido.
Segundo Jorginho, o partido sai da gestão Colombo porque vai lutar por espaço na majoritária em 2018. É difícil prever o futuro, mas também será muito, muito difícil o próprio Jorginho ter algum espaço majoritário. Tanto de um lado como de outro.
Opção
Na verdade, Jorginho teve que optar. Ou não ficaria com a SOL ou tentaria manter o DNIT-SC, cargo polpudo e no qual o PMDB de Santa Catarina está de olho depois da posse definitiva de Michel Temer na presidência. Mas não há qualquer garantia que o apoio dele a Gean Loureiro seja suficiente para manter-se à frente do DNIT. Ah, o PR tinha um prefeito e agora tem 12. Verdade, mas todos de cidades pequenas, algumas minúsculas. Nem de longe o objetivo pré-eleitoral foi atingido. Os Mello saíram enfraquecidos das urnas.