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STF pode confirmar afastamento de Renan nesta quarta

Pelos corredores do poder em Brasília, é voz-corrente de que o plenário do STF deve julgar nesta quarta-feira, 7,  a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, a pedido da Rede, e que afastou liminarmente Renan Calheiros da presidência do Senado. Ainda mais depois que o peemedebista, respaldado pela Mesa Diretora, decidiu não cumprir a ordem judicial e permanecer na presidência, em uma clara afronta ao Judiciário. A estratégia é aguardar a deliberação do pleno da suprema corte. O oficial de Justiça esperou por seis horas e não conseguiu notificar o senador. 

Nestes mesmos corredores, também é dada como certa a degola do parlamentar alagoano mediante a confirmação do afastamento pela maioria dos ministros. Neste caso, do cargo do presidente. Ele ainda preservará o mandato. Pelo menos por enquanto. A Lava Jato fecha o cerco sobre o peemedebista e não seria de se espantar que ele logo vá fazer companhia ao correligionário Eduardo Cunha, em Curitiba. Cunha perdeu a presidência da Câmara, o mandato e está preso.

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Na segunda-feira, Mello surpreendeu os meios políticos e econômicos com o despacho que atingiu em cheio o outrora todo-poderoso Renan. Por uma daquelas ironias do destino, o afastamento do peemedebista abriu caminho para o PT assumir a presidência do Congresso, com o acreano Jorge Vianna.

Salvo engano, o senador petista tem tudo para suspender a pauta de reformas enviada pelo Planalto justamente para corrigir os rumos do abismo em que o PT enfiou o país!

 

Voltas do mundo

 

Em 4 de dezembro de 2007, Renan Calheiros renunciou à presidência do Senado para não perder o mandato. Descobriu-se que a pensão de uma filha dele fora do casamento era gentilmente bancada pela empreiteira Mendes Junior.

No dia 4 de dezembro de 2016 – exatos nove anos depois -, 400 mil brasileiros foram às ruas protestar. O alvo principal: Renan Calheiros. No dia seguinte, por uma coincidência, ele foi afastado da estofada cadeira que tanto estima.

 

Renan e os Vianna

 

Em 2007, quem sucedeu o alagoano foi o então senador Tião Vianna, hoje governador do Acre. Jorge Vianna, à época, governava o estado nortista e pode assumiu o posto do qual Renan caiu pela segunda vez. Tião e Jorge são irmãos.

 

Letargia

 

Outra curiosidade envolvendo a segunda queda de Renan Calheiros. Semana passada, ele virou réu em função da ação que envolve o pagamento de propina para bancar a pensão da filha que ele teve com a amante. O STF levou longos e absurdos nove anos para decidir se aceitava ou não a denúncia. Este movimento no Supremo colocou Renan na linha da degola.