Blog do Prisco
Coluna do dia

PSDB e PP no colegiado

Os deputados estaduais tucanos Leonel Pavan e Vicente Caropreso já foram convidadospara assumir, respectivamente, as secretarias de Cultura, Esporte, Turismo e Saúde. Os dois já aceitaram. Mas há resistências dentro do ninho. O presidente Marcos Vieira pediu as pastas de “porteira fechada”, que é quando o partido que assume o comando indica todos os cargos comissionados. O governador não vem adotando este critério junto às siglasaliadas e não aceitou o pedido de Vieira.

A solução que parece mais conveniente ao Centro Administrativo, e que está sendo trabalhada, é a liberação, por parte da cúpula do PSDB, dos dois parlamentares. Em tese, a saída manteria os votos da bancada na Alesc, mas sem a participação institucional do partido no governo. Uma saída um tanto salomônica e que viria para evitar estragos na unidade partidária. Beleza.

Mas como diria o saudoso garrincha, falta combinar com os russos. Como vão reagir, por exemplo, os dois deputados federais, os dois senadores e os outros três estaduais do PSDB, incluindo-se aí o próprio Marcos Vieira? A conferir.

 

PP na Assistência

Convidado para assumir a Secretaria de Assistência Social do governo do Estado, o deputado Zé Milton (PP) declinou. A bola da vez é outro deputado: Valmir Comin. Seria a oficialização do ingresso da sigla no governo Raimundo Colombo. Participação combinada com a ascensão de Silvio Dreveck (PP), ex-líder do governo, à presidência da Alesc, cargo de destaque e muita influência no contexto político estadual.

 

Fundação cultural

Raimundo Colombo também já convidou o professor Rodolfo Pinto da Luz para assumir a Fundação Catarinense de Cultura, vinculada à Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura. Ele foi candidato a vice de Angela Amin na eleição deste ano, filiado ao PSD. Ou seja, já não se encaixaria no pedido de Marcos Vieira, de nomear todos os comissionados das secretarias que foram oferecidas ao PSDB.

 

Dado presidente

Conselheiro Dado Cherem (ex-deputado) será eleito nesta sexta feira presidente do Tribunal de Contas do Estado. O colega Adircélio de Moraes (servidor de carreira) será o vice; e Wilson Wan-Dall (também ex-deputado) exercerá a função de corregedor-geral. Eleição será consensual em mais uma articulação competente do ex-presidente da Alesc e também integrante da corte de contas, Júlio Garcia.

 

Encontro reservado

Raimundo Colombo chegou terça à noite em Brasília. Detalhes da agenda, provavelmente em algum ministério de ponta, não vazaram, mas se soube que o governador seria recebido ontem pelo presidente Michel Temer. Provavelmente, questões como a situação financeira do país e dos estados esteja na pauta. Colombo tem sido o porta-voz dos governadores nas negociações acerca dos débitos estaduais com a União. Agorase fala em tratamento diferenciado a unidades federadas que estejam em situação de calamidade. É no mínimo paradoxal e certamente outros entes da federação, como Santa Catarina, devem exigir compensações.

 

Água e vinho

Na terça-feira, durante a polêmica votação da PEC 55, a que estabelece um teto para gastos da União por 20 anos, o senador Dário Berger atuou no melhor estilo biruta de aeroporto. Na primeira votação, foi favorável à proposta do governo, cuja votação foi articulada pelo supersenador Renan Calheiros. Dário é filiado ao PMDB. Correligionário, portanto, do todo-poderoso e também do presidente Michel Temer. Curiosamente, na segunda rodada de votação da PEC, o catarinense votou contra o governo e a articulação de Renan.

 

Muda novamente

No fim da sessão, entraram na pauta os destaques apresentados pela oposição (PT, PCdoB e parte do PSB) para esfriar o furor da proposta. Ou seja, se fossem aprovados, contrariam os interesses do governo. Aí, Dário Berger novamente mudou o voto e ficou ao lado do Planalto e do supersenador.

 

Eletrosul e finanças

Tanta falta de convicção não é comum em um senador da República, seja ele quem for. No caso do catarinense Dário Berger, haveria duas motivações principais: a conquista de cargo na Eletrosul para um apadrinhado e outros encaminhamentos privados na área do sistema financeiro. Após mandar o recado na segunda votação, o peemedebista teria negociado seus interesses. A conferir se serão atendidos.  Se houver mudança em breve na diretoria da elétrica sulista, a resposta será um sonoro sim.