Ex-deputado e federal (cinco mandato) e ex-prefeito de Joinville, Carlito Merss (foto de capa) retornou ontem ao cargo de vogal da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc). Ele se havia se licenciado para disputar novamente a prefeitura da maior cidade catarinense. Para sua surpresa, quando retornou ao expediente, havia outra pessoa ocupando a vaga, em que pese essa função estar atrelada a mandato (vai até 2019). Não haveria, portanto, a possibilidade de exoneração. Mesmo assim, o petista foi enviado ao olho da rua. Recorreu à Justiça Federal e ganhou.
Para o lugar de Carlito, foi nomeada uma indicada do deputado federal Jorginho Mello (foto interna), uma pessoa que tem grau de contraparentesco com o parlamentar. Pelas fileiras do PT, a turma está lembrando que os petistas controlavam o PR no período em que o ex-deputado Nelson Goetten de Lima estava na presidência.
Com as bênçãos de Ideli Salvatti, Décio Lima e o próprio Carlito Merss, o PR foi entregue ao deputado Jorginho Mello depois que Goetten foi parar na cadeia, acusado de pedofilia. Os petistas também não esquecem que o ex-prefeito foi nomeado vogal da Jucesc pelo ex-ministro Afif Domingos, que nunca passou perto de ser filiado ao PT. É do PSD. Mesmo assim, Carlito foi irregularmente demitido para abrir espaço a uma indicada do presidente estadual do PR. Aliás, Jorginho Mello se aproximou do PMDB, hoje na presidência da República, para manter o controle do DNIT em Santa Catarina. O partido saiu do governo Raimundo Colombo, perdendo a Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura.