O Site da Revista Exame está destacando um estudo da consultoria Macroplan, com base em dados do IBGE, que aponta Santa Catarina como a unidade da federação mais desenvolvida socialmente. Confira:
“São Paulo — Santa Catarina é o estado com melhor desenvolvimento social no país entre 2004 e 2014, revela um levantamento feito pela consultoria Macroplan com dados do IBGE.
O índice com números mais recentes, de 2015, foi divulgado pelo IBGE apenas no mês passado, então a empresa utilizou os dados disponíveis para fazer o balanço no segundo semestre deste ano.
O estado está na liderança em dois dos três indicadores que compõem o índice de desenvolvimento social: menor desigualdade e menor pobreza.
Embora não seja a unidade da federação com a maior renda per capita, Santa Catarina tem menos disparidades econômicas entre seus cidadãos e, ao mesmo tempo, tem poucas pessoas nas camadas socioeconômicas mais baixas.
Além disso, tem a terceira maior renda domiciliar per capita do país, atrás apenas do Distrito Federal e de São Paulo. Os brasilienses ganham, em média, R$ 2.061, os paulistas ficam na faixa dos R$ 1.346 per capita e os catarinenses recebem R$ 1.339.
Em um cenário em que todos os estados apresentaram melhora entre 2004 e 2014 nos indicadores de desenvolvimento social, Santa Catarina manteve a liderança porque já estava com uma média bem acima dos demais em 2004 e também porque conseguiu aumentar a renda domiciliar da população.
O estado é o terceiro com maior aumento no renda, com crescimento de R$ 513 reais entre 2004 e 2014. Ficou atrás apenas do Distrito Federal e do Mato Grosso do Sul.
Segundo uma das coordenadoras da pesquisa da Macroplan, a consultora Adriana Fontes, o sucesso de Santa Catarina tem relação com o modelo de desenvolvimento econômico implantado no estado. “No estudo, quando se observa o desenvolvimento econômico, percebe-se que lá é mais distribuído, também com maior participação de pequenas empresas, menor taxa de desemprego e menor informalidade”, explica Adriana.
Destaques
Na década, o maior destaque é o estado de Roraima, que avançou 9 posições relativas no índice – saiu do 23º e foi para 14º, em contraposição ao vizinho Amazonas, que perdeu 11 posições no mesmo período, indo de 13º para 24º.
O componente que ajudou a elevar o índice do estado foi a distribuição de renda, já que essa foi uma das unidades da federação que apresentaram o maior crescimento de renda per capita. Tem também a menor população do país, com 514 mil pessoas no estado inteiro.
Um dos maiores destaques, contudo, foi a evolução dos estados do Centro-Oeste, especialmente Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que ocupam a 3ª, 4ª e 5ª posição no ranking geral de desenvolvimento social, respectivamente.
Segundo Adriana, a melhora na região também aconteceu por causa do desempenho no mercado de trabalho. “Há elevada participação no mercado, elevada taxa de ocupação e baixo desemprego”, explica.
Rio e São Paulo
Já São Paulo e Rio de Janeiro, os mais influentes estados do país, despencaram no ranking. Eles foram impactados principalmente pela desigualdade de renda, que evoluiu muito pouco na década.
São Paulo caiu 5 posições, indo do 2º lugar em 2004 para o 7º em 2014. Já o Rio de Janeiro perdeu 7 posições, saindo do 4º para o 11º lugar no mesmo período.
O Rio de Janeiro foi o Estado que teve o menor crescimento no índice: foi de 0,539 para 0,714, seguido por Santa Catarina (de 0,720 para 0,926), que sempre esteve na liderança, e São Paulo (de 0,585 para 0,793).
Veja o ranking de desigualdade social no país e as estatísticas que o compõem (total de pobres, desigualdade de renda e renda per capita):”