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PSB estará na majoritária em 2018!

O tabuleiro sucessório teve  um movimento de pedra, que foi o fechamento do PSB com o PSD. Precoce, é verdade, mas também muito bem calculado. Significa que Jorge Bornhausen estará com Raimundo Colombo no ano que vem, ao contrário do que ocorreu em 2014, quando seu filho disputou o Senado na majoritária de Paulo Bauer e contra o governador.

Na terça-feira à noite, em Florianópolis, as principais lideranças do partido participaram de evento de mobilização do PSD, liderado pelo próprio  Colombo e por Gelson Merísio. O presidente estadual do PSB, Paulo Bornhausen, anunciou  que a legenda está fechadíssima com o projeto majoritário do deputado estadual e ex-presidente da Alesc.

Lá estavam os os dois deputados estaduais e os principais prefeitos que o PSB elegeu em 2016. Este movimento de pedra praticamente garante à legenda uma vaga majoritária no pleito do ano que vem. Pode ser com o próprio Bornhausen, opção tanto para vice de Merísio quanto para o Senado, concorrendo ao lado de Colombo; ou mesmo o empresário joinvilense Ninfo Köenig, que tem um perfil que se encaixa nos ditames do momento político.

A leitura também permite projetar o seguinte: Merísio encabeçando a chapa, pode ter Bornhausen de vice, mais Bauer e Colombo ao Senado. O PP indicaria o suplente do atual governador. O melhor caminho para os progressistas é a composição, reforçando a aliança PSD-PSB. Até porque, o PP dificilmente terá condições de lançar chapa pura, tampouco de fechar com o PT e obviamente muito menos com o PMDB. Se o PSDB não estiver na chapa, os progressistas têm totais condições de indicar um postulante ao Senado ou a vice. Não se pode descartar, também, uma solução com Paulo Bauer na cabeça, Merísio de vice, encaixando Bornhausen ao Senado ao lado de Colombo. 

De alguma maneira, essa costura indica claramente que o PMDB terá que buscar seu caminho. O único grande partido que os peemedebistas podem atrair é o PSDB. Podem até oferecer duas vagas na majoritária. Do outro lado, só haveria uma, mas pode vir a ser o cabeça, dependendo, ainda, do quadro nacional. Se o PSD oferecer o Senado aos tucanos, o PMDB ficaria isolado, potencializando as chances de manutenção do poder no Estado (o PSDB faz parte do governo Colombo). 

E quem o PMDB tem na manga para a disputa? Tem hoje Mauro Mariani, que ainda não ganhou expressão; tem o senador Dário Berger, que tem tudo para ser inviabilizado judicialmente; tem Eduardo Moreira, que também possui telhado de vidro; e por fim, o PMDB tem o prefeito de Joinville, Udo Döhler. O problema dele, contudo, é que teria que renunciar à prefeitura em abril  de 2018, enquanto o prazo para a convenção homologatória é final de julho.

Seria um movimento de risco. Até porque Udo não é Luiz Henrique, que tinha quarenta anos de estrada nos mais diversos e relevantes mandatos. O atual alcaide está apenas no segundo mandato eletivo, de prefeito, e que se iniciou agora em janeiro. Evidentemente que Udo estando respaldado por Eduardo Moreira e o ex-governadores Casildo Maldaner e Paulo Afonso teria grandes chances de derrotar a dupla Mariani-Berger internamente. Mesmo assim, ficaria em suspense até a convenção, ameaçado de ficar no pincel. Este é o quadro de momento na corrida sucessória estadual em Santa Catarina. O PSB largou na frente e consolidou-se, novamente, a aliança entre Jorge Konder Borhausen e Raimundo Colombo. 

 

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