Artigo recente publicado pelo eminente jurista Ives Gandra Martins (foto) resume bem o pico de inversão de valores produzido por uma minoria barulhenta (que se olha no espelho e se julga revolucionária, quando na maioria das vezes sua atuação não passa de marginal, dogmática e preconceituosa). Escreveu, a certa altura, o causídico: “Não entendo como invasões de terras, de propriedades públicas e privadas, seguem impunes, sob a alegação de que é uma forma de protesto”.
“Outro aspecto de ser politicamente incorreto diz respeito à fé professada nas mais diversas Igrejas, sejam elas católicas, evangélicas, ortodoxas, judaicas ou islâmicas. Aqueles que as frequentam, ou são declaradamente delas participantes, constituem mais de 80% da população. Seus espaços na mídia, entretanto, são minúsculos, restando a seus seguidores de maior conceito público o direito de escrever um ou outro artigo nas páginas de opinião. Suas posições são, todavia, claramente ignoradas nas diversas seções dos jornais”.
Nesta linha de raciocínio, com a qual o colunista concorda 100%, Gandra Martins ressalta que “os cidadãos que acreditam em Deus devem ser respeitados, e não hostilizados pela minoria agnóstica que, à luz de seu pretendido e mal concebido ‘Estado laico’, entende que só os que não acreditam em Deus podem ter atuação política e na mídia”. Perfeito. Já passa da hora de a maioria silenciosa iniciar um movimento de reversão desta lógica perversa e extremamente perniciosa para o corpo social. Um verdadeiro câncer.
Constituição ferida
O grande jurista, que se intitula politicamente incorreto, também se diz inconformado pelo fato de a sociedade assistir passivamente, e parte da mídia “revolucionária” aplaudir, mais uma aberração institucional: o STF anda legislando a torto e a direito, ferindo de morte a Constituição, da qual a corte deveria ser o guardião!
Definição
“Na esperança de que um dia o Brasil seja uma democracia real em que a maioria do povo tenha sua voz ouvida em seus valores, sem ser silenciada pelos preconceitos ideológicos da minoria, reitero ser um velho advogado e professor “politicamente incorreto”’. Ives Gandra Martins.