A contabilidade do prejuízo gerado pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, apontava para US$ 130 milhões até o sábado. Números apresentados pelo ministro Blairo Maggi, o titular da Agricultura que vem arrancando elogios por sua atuação. Raimundo Colombo está entre aqueles que aplaudem o trabalho ministerial. O valor do rombo pode mais que dobrar se levarmos em consideração que as projeções apontam para a normalização das exportações de carne no prazo de uma a duas semanas.
Mas as más notícias estão se diluindo. Com o efeito dominó agora ao contrário, China, Chile e Egito anunciaram, durante o fim de semana, a retomada das compras, exceção feita, e muito bem feita, aos 21 frigoríficos sob suspeita.
Os Estados Unidos já avisaram que não vão embargar, mantendo a normalidade no comércio. A postura destes países enfraquece a posição da Europa, que já enviou representante ao Brasil e deve seguir a mesma linha de suspensão dos embargos. É uma questão de tempo. Necessário é reconhecer a atuação firme, rápida e articulada das autoridades e empresários, federais e estaduais, para o início da reversão do quadro, minimizando as perdas.
Xis da questão
As indicações de apadrinhados de deputados e senadores para as superintendências estaduais do Ministério da Agricultura estão no centro dos nefastos resultados da pessimamente divulgada Operação Carne Fraca. Tal enredo o Brasil conhece muito bem. Na era atual, só mudam alguns atores e o tipo de produto que origina a pilhagem: petróleo, concreto, aço, carnes…
Ilha
O Superintendente do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Jacir Massi, é técnico, trabalhador e conhece muito do agronegócio. Até segunda ordem, passa ao largo da orgia estabelecida nacionalmente no setor. Tomara que continue assim.
Louros
Michel Temer, Blairo Maggi e o Itamaraty estão tendo papel decisivo para amenizar os prejuízos da Carne Fraca. Em Santa Catarina, destaque para Raimundo Colombo. O governador passou a atuar pessoalmente junto ao mercado internacional, defendendo a carne nacional e catarinense com muita energia e argumentos sólidos.
Frase
“A situação é difícil. Estamos fazendo um trabalho de explicação, com muita transparência. O problema é desafiador.” Raimundo Colombo.
Pavimentação
A abertura da Festa Nacional das Hortaliças, em Urubici, reuniu parcela respeitável do PIB político de Santa Catarina. Muitas conversas, articulações, projeções e pleitos concretos como o apresentado pelo empresário Roberto Amaral ao secretário de Infraestrutura, Luiz Fernando Vampiro. Clama-se pela pavimentação da SC-370, entre Urubici e Rio Rufino. Antônio Zilli, prefeito anfitrião, reforçou o coro em seu discurso. Raimundo Colombo avisou que o projeto de engenharia já está pronto e pode ser encaixado no BID-7.
Turismo de eventos
Não será mais em setembro, mas deve ser em novembro. Foi isso que empresários e políticos ouviram do secretário Leonel Pavan (Turismo, Cultura e Esporte) sobre a inauguração do Centro de Eventos de Balneário Camboriú. O local surge para incentivar o turismo de eventos de negócios de todo o Vale do Itajaí. A coluna está na torcida para que não haja mais adiamentos!
Encrencada
O Ministério da Transparência não aceitou a proposta de acordo de leniência (uma espécie de delação premiada voltada a CNPJ’s) proposta pela Engevix. Encrencada na Lava Jato, a empreiteira tem como um dos sócios José Antunes Sobrinho, morador e figurinha carimbada na Capital.
