Prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que subiu de patamar na política catarinense pela atuação, firme, serena e incansável depois da tragédia com o voo da Chapecoense, em 29 de novembro do ano passado, está observando de camarote os mais recentes acontecimentos políticos. O crescimento dele é reflexo, registre-se, de sua gestão na maior cidade do Oeste, onde os avanços são incontestáveis.
O clima de terra arrasada, que insiste em voltar à tona no universo político a cada movimento relacionado à Lava Jato e a corrupção que tomou conta do Brasil, permite ao alcaide chapecoense sonhar com um voo maior já na eleição do ano que vem.
Ele não está trabalhando neste sentido e não pretende bater de frente com Gelson Merisio e João Rodrigues. Muito pelo contrário. Está fechadíssimo com o grupo. Mas se perceber a oportunidade, dependendo das circunstâncias, Buligon pode se apresentar como alternativa majoritária no pleito do ano que vem. O prefeito não aposta nisso, mas a realidade movediça da política nacional e estadual destes tempos o colocam naturalmente neste circuito.
Em Portugal
O conselheiro aposentado do TCE, ex-deputado e jornalista Salomão Ribas Júnior, que esteve na Europa para compor uma banca de avaliação de doutorado na Universidade de Salamanca, prestigiou palestra do juiz Sérgio Moro. O magistrado abriu o Seminário Combate a Corrupção pela Via Judicial, uma promoção da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Instituto da delação
“Ninguém faz delação por arrependimento sincero. É preciso dar algo em troca (redução pena, mais conforto no seu cumprimento e etc),” cravou o magistrado paranaense. Ele insistiu que a delação só é eficaz se houver prova do que se falou. E considera que as outras formas de investigação são tão ou mais importantes do que a delação.
Perspectiva
No encerramento, o hoje famoso magistrado declarou que, apesar dos tumultos políticos, o “Brasil será um país melhor.”
Defesa
Deputado federal Marco Tebaldi, ex-prefeito de Joinville, listou seus argumentos para rebater a condenação por parte do TRF4, de Porto Alegre, no caso da implantação do Balé Bolshoi na cidade. São 17 pontos. Alguns chamam a atenção. Ele vai recorrer “porque entende que houve preciosismo do TRF4 na sentença, uma vez que os pagamentos foram feitos pela prefeitura ao balé sob contrato e de forma transparente. O equívoco foi técnico, pelo fato de não ter previsão orçamentária”. O tucano acredita que a sentença será revertida nas instâncias superiores.
Tendência
Embora ainda falte mais de um ano para as eleições de outubro de 2018, as articulações de bastidores, com vistas à disputa presidencial, já se constituem numa realidade. Os quatro maiores partidos de Santa Catarina, que são, pela ordem, PMDB, PSD, PSDB e o PP, têm uma preferência clara e convergente: o governador de São Paulo, Geraldo Aclkmin.
Fundam II
O deputado Maurício Eskudlark está questionando o governo do Estado quanto à distribuição desigual de recursos para diferentes regiões de Santa Catarina. O Centro Administrativo está viabilizando um empréstimo junto a BNDES e Banco do Brasil no valor de R$ 1,5 bilhão de reais. Deste montante, R$ 700 milhões serão destinados a todos os municípios, através do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam).
Questionamento
Maravilha. Mas o restante, R$ 800 milhões, em sua maior parte, será distribuído apenas para a Capital e a região da Grande Florianópolis, sendo que os recursos serão usados para o Plano de Mobilidade Urbana da área metropolitana e para as intermináveis obras da ponte Hercílio Luz.