Apesar da semana curta, as notícias policiais seguem ocupando praticamente todos os espaços dedicados à cobertura política no Brasil.
Para esta quarta-feira, o STF, depois de um ano e meio, deve julgar o processo sobre medidas cautelares a que estão sujeitos os congressistas que respondem a inquéritos criminais. Havia um entendimento inicial de que suas “Excelências”, como Aécio Neves, poderiam, sim, receber sanções cautelares na condição de indiciados criminalmente.
A matéria não envolve diretamente o senador tucano, mas será fundamental para seu futuro, já que ele está afastado do mandato e proibido de sair de casa à noite. Principalmente porque há sinais preocupantes de que policiais, procuradores e magistrados começaram a rever posturas, indicando que os eleitos estariam imunes às sanções, numa espécie de salvo-conduto para crimes “comuns”.
Depois de PT e PMDB, cujos desgastes são brutais, a situação de Aécio coloca o PSDB em situação delicada, com respingos inevitáveis no processo eleitoral. Inclusive nos Estados.
Berlinda
Ontem também estava prevista a leitura do relatório de outro tucano (com péssima repercussão), deputado Bonifácio de Andrada, que provavelmente iria ser no sentido de inocentar Michel Temer da segunda denúncia de Janot (organização criminosa e obstrução de Justiça). Ainda na terça, estava na pauta da segunda turma do STF um dos processos que envolvem o notório Renan Calheiros, que pode acordar nesta quarta-feira como o mais novo réu da Lava Jato.
Gilmar na mira
A mesma segunda turma “suprema” também estava para decidir, ontem, se Eike Batista e Jacob Barata (o amigão de Gilmar Mendes) continuariam soltos. Presos em janeiro, eles foram libertados em abril pelo notório magistrado. Outro notório corrupto, cujo julgamento em um dos tantos processos estava também previsto para ontem, era Paulo Maluf. Só a nata! Depois alguns políticos reclamam da mídia, do Judiciário, do Ministério Público. Façam o favor, senhores e senhoras.
Embocadura nacional
O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, acompanhou, ontem, em Brasília, a posse do juiz catarinense Márcio Schiefler Fontes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Márcio era juiz auxiliar do ministro do STF, Teori Zavaski, morto em acidente de helicóptero no início do ano, no Rio de Janeiro, e retorna a Brasília depois de passar alguns meses na Vara da Fazenda da Comarca de Tubarão.
Sesi em Xanxerê
De encher os olhos a unidade do Sesi, entidade que integra a Fiesc, inaugurada esta semana em Xanxerê. Instalações com mais de 800 metros quadrados e investimentos de R$ 3 milhões. Qualificação disponível para trabalhadores e comunidade em geral.
Socialistas
O PSOL da Capital está sob nova direção. Leonel Camasão vai suceder o professor Elson Pereira, que comandava o partido desde 2014, fazendo expressiva votação quando disputou a prefeitura de Florianópolis.
Frase
“Nada mais perverso para a Democracia do que tolher a independência do juiz, de retirar o reexame das decisões e sentenças dos próprios Tribunais, com o fim de destinar sua análise a esferas com visão punitiva, tudo sob o rótulo de averiguação ou correção de ‘abusos’”. Desembargador Odson Cardoso Filho, presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), sobre a morte trágica de Luiz Carlos Cancellier.