O domingo, 3, foi de intensas reuniões temperadas com almoço e jantar em Brasília. Tanto Michel Temer como Rodrigo Maia, o presidente da Câmara que ganhou ares de primeiro-ministro, ofereceram pratos especiais a líderes aliados e a ministros de Estado. De sobremesa, pedidos e estratégias de articulação para que o Planalto atinja, na próxima semana, o número mínimo e mágico de 308 votos para aprovar a reforma da Previdência. Nesta semana, a pauta é mobilizar e convencer os partidos da base, notadamente os insaciáveis do Centrão. Maia saiu otimista do último dos encontros, oferecido por ele. Disse que pretende aprovar o texto, que está resumido abaixo, ainda em dezembro. Confira:
Principais mudanças
O governo cedeu em vários itens em relação a sua proposta inicial, reduzindo a reforma a quatro pontos principais:
- Idade mínima de aposentadoria, com a regra de transição até 2042; 62 anos para mulheres e 65 para homens (INSS e servidores); 60 para professores de ambos os sexos; 55 anos para policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde;
- Tempo mínimo de contribuição de 15 anos para segurados do INSS e de 25 anos para servidores públicos;
- Novo cálculo do valor da aposentadoria, começando de 60% para 15 anos de contribuição até 100% para 40 anos;
- Receitas previdenciárias deixam de ser submetidas à DRU (Desvinculação de Receitas da União)