Não é novidade para ninguém que o PMDB é o maior partido de Santa Catarina. E que tem um quarteto de lideranças que conduz a sigla. A saber: Mauro Mariani, presidente estadual e pré-candidato ao governo; o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira; e os ex-governadores Casildo Maldaner e Paulo Afonso Vieira.
Os quatro já têm uma estratégia estabelecida, um caminho próprio a seguir. Não consideram a possibilidade de o partido abrir mão da cabeça de chapa. Ou seja, o PMDB terá candidato a governador. O quarteto também já tem o nome definido para a empreitada. O do próprio Mariani. Não há possibilidade de outra solução na direção do prefeito de Joinville, Udo Döher, ou do senador Dário Berger, conforme se especula nos bastidores e na mídia.
Pelo mesmo motivo, mas por características distintas, Udo e Dário não devem ser ungidos pelo PMDB. O motivo é que nenhum dos dois tem comprometimento com as fileiras peemedebistas, não trabalham e não vivem o dia a dia do Manda Brasa.
E as características? Udo Döhler é germânico, empresário, não sabe fazer política. É de um outro mundo. Já Berger, não. É político profissional. Só trabalha, só conspira para si próprio, para a família e um pequeno grupo político de São José.
Identidade
O sentimento no partido é de que tanto com Dário como com Udo, em caso de vitória, o PMDB ganha, mas não leva, como dizia lá atrás o ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Portanto, está cravado. O candidato do PMDB ao governo será Mauro Mariani, que tem identificação com as bases da sigla. Quando LHS ainda era vivo, logo depois de eleger-se senador, ele passou a famosa jaqueta do 15 a Mariani.
Recursos
Na edição de sexta, a coluna informou que não são poucos os deputados que estão perdendo o sono por preocupações sobre a viabilidade do Fundam, que viria para salvar o caixa de municípios, com recursos para a Saúde e obras. Uma alternativa seria a novidade chamada Orçamento Impositivo, que os próprios parlamentares estaduais aprovaram este ano.
Cofre vazio
Mas tanto Raimundo Colombo, como Pinho Moreira, que já vai assumindo as funções, sinalizam que não haverá recursos. Tanto para uma solução quanto para outra. Contexto que pode desaguar em levante dos aliados na Alesc.
Condenado
O senador Dário Berger (PMDB) foi condenado a devolver R$ 1,5 milhão às arcas da prefeitura de Florianópolis. A decisão foi da Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça, convalidando decisão do ex-titular da Vara da Fazenda da Capital, Hélio do Valle Pereira. A ação foi impetrada pelo Ministério Público estadual. O valor a ser ressarcido foi usado, de forma irregular, no entendimento do Judiciário, em propaganda institucional na época que o hoje senador era prefeito de Florianópolis.
Autopromoção
A tese acolhida pelo TJSC, e defendida pelo MPSC, foi a de autopromoção. No mesmo despacho, os desembargadores suspenderam os direitos políticos de Dário Berger por três anos. A defesa do senador aguarda a publicação do acórdão para entrar com recurso junto ao próprio TJSC.