Ex-prefeito de Imbituba por dois mandatos e ex-secretário de Turismo, Esporte e Cultura do Estado, Beto Martins voltou ao PSDB. Em evento que reuniu 70 lideranças no Restaurante do Marcão, no fim de semana, ele teve a ficha abonada por boa parte da cúpula tucana estadual. Lá estavam Paulo Bauer, Napoleão Bernardes, Dalirio Beber, Geovania de Sá, Marcos Vieira, Serafim Venzon e Doia Guglielmi.
Beto Martins estava no PP, mas como é craque na articulação, sai numa boa. O dono do restaurante aonde se reuniram os tucanos é filiado ao PP.
Nos discursos, destaques para a candidatura de Bauer ao governo este ano. Com mais ênfase nesta seara, falaram os deputados Geovania, Venzon e Doia, salientando que o senador “é o nosso governador.” Napoleão Bernardes, sempre lembrado para a majoritária, assinalou que Bauer “é o nosso comandante” em 2018. O presidente Marcos Vieira anotou que se ninguém se coligar com os tucanos, o partido vai de chapa pura na majoritária porque, segundo ele, “é a nossa vez.”
Beto Martins assegurou que está voltando “porque nunca saiu do PSDB”. Ele também lembrou que se sente responsável pela trajetória de Bauer desde 2010 (ele foi um dos articuladores da candidatura dele à Câmara Alta) e que está 100% fechado com o senador para o pleito deste ano.
Só sorrisos
Paulo Bauer comemorou muito o retorno de Beto Martins ao ninho. Empresário bem sucedido e articulador nato, o ex-prefeito de Imbituba volta a liderar o PSDB em uma região aonde o partido estava descoberto. Pode, inclusive, lançar-se candidato a deputado estadual. Espaço, tem. De qualquer forma, o projeto majoritário do senador ganha um apoiador de peso.
Incógnitas
Em Criciúma, existe uma expectativa acerca dos nomes que o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) irá apoiar neste ano. Para estadual, Doia Guglielmi, seu correligionário; o primo, Cleiton Salvaro (PSB – ligado ao tio Henrique, que vive uma relação delicada com o alcaide) ou um terceiro nome? Para federal, o prefeito Clésio Salvaro vai respaldar a reeleição da deputada federal Geovania de Sá.
Prós e contras
Ensaiando agora um lado de marqueteiro político, o empresário Luciano Hang, da Havan, criou expectativa sobre sua coletiva de imprensa na semana passada. Não definiu nada, mas se colocou no tabuleiro, sinalizando para partidos que desejem ter um candidato com seu perfil, seja a senador ou a governador. Muito bem. Mas Hang pode ter errado a mão ao associar o nome da consolidada empresa que fundou e administra, hoje de alcance nacional, com suas posturas políticas frontalmente contrárias à esquerda. Esquerdistas, lembram raposas felpudas, também são clientes em potencial.
Ditador
Santa Catarina está vendo mais de perto o tipo de regime ditatorial imposto pelo bolivarianismo na Venezuela. O episódio envolvendo o jovem Jonatan Moisés Diniz, 28 anos, de Balneário Camboriú, que foi preso – e já deportado aos EUA – acusado de promover ações contra o regime, ilustra tudo o que não queremos ver por aqui. O país vizinho, riquíssimo em petróleo, vive o pior atraso ideológico, com passagens que remetem ao século 19! E miséria a penalizar a população.
Unção
Prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), o nome preferido de Raimundo Colombo para o governo do Estado, deseja ser ungido candidato do Manda Brasa ao governo. Deixa isso muito claro quando avisa que não disputará as prévias, como quer o deputado Mauro Mariani. Resta saber se o joinvilense conseguirá a unção desejada.