Silvio Dreveck e Esperidião Amin trocaram um telefonema esta semana e marcaram encontro pessoal para a próxima terça-feira, 23. Pelo tom da conversa, o ex-governador vai honrar o acordo firmado na convenção do PP de 21 de agosto do ano passado, deixando a presidência estadual da legenda para ser substituído por Dreveck.
Mas pra isso ocorrer, Amin terá que renunciar ao mandato partidário. Ao telefone, o assunto foi abordado e já se falou, inclusive, em buscar no regimento do PP qual o procedimento correto em um caso como este. Tudo leva a crer que Silvio Dreveck será guindado à proa do partido, coincidindo com sua renúncia à presidência da Alesc, quando outro acordo será honrado. Com o desembarque do deputado progressista, Aldo Schneider, do PMDB, será eleito para o mandato de um ano à frente do Legislativo.
Em tempo: pegaria muito mal para Esperidião Amin tomar qualquer outro rumo que não seja o de cumprir o acordado firmado em 2017. Trata-se de um ex-governador de dois mandatos, ex-senador, deputado, prefeito da Capital duas vezes e um político de conduta ilibada.
Se não passar o bastão ao correligionário, Amin corre o risco de incluir uma mácula pesada em sua biografia. Há desconfianças neste sentido porque, no ano passado, o atual presidente do PP declarou, a uma rádio do interior, que talvez fosse melhor fazer a transição interna depois da renúncia de Raimundo Colombo, prevista somente para abril.
Amin se posiciona como um garantir do futuro partidário. Seu argumento seria evitar que se repita em 2018 o que ocorreu em 2014, quando o PMDB barrou a presença do PP na majoritária liderada por Raimundo Colombo. Aos 49 do segundo tempo, os progressistas ficaram sem alternativa a não ser fechar com o PSDB.