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MDB em festa e Colombo pressionado

No dia 6 de fevereiro, terça-feira, o MDB voltará à Presidência da Alesc 31 anos depois. O último emedebista investido no cargo foi Juarez Furtado, em 1987 (não está entrando nessa conta o episódio Romildo Titon, que assumiu e foi afastado pela via Judicial).

A eleição e consequente posse de Aldo Schneider, no reinício dos trabalhos legislativos, semana que vem,  será uma grande festa do partido. De forma legítima, registre-se.

Já a festa que o partido está prometendo para o dia 16, quando Eduardo Moreira voltará a ser governador interino, faz pensar. Esta semana, em Criciúma, o vice deixou claro que haverá uma festança no dia 16. Mas nesta data, será a décima sétima vez que Moreira assume de maneira interina. O que estaria então motivando as comemorações, que vai mobilizar parcela significativa do MDB Barriga-Verde?

Em janeiro, Moreira já havia assumido interinamente com a viagem aos Estados Unidos de Raimundo Colombo. O governador voltou semana passada, reassumiu e dia 16 embarca para a Espanha onde ficará por um mês. Colombo volta em meados de março e terá que praticamente inventar alguma outra licença até a hipotética renúncia, que tem prazo fatal até 7 de abril para ocorrer. Daí Moreira ficaria direto já no poder. Os emedebistas trabalham neste diapasão.

Evidentemente que o MDB não iria promover uma grande festa se, de fato, embora ainda não de direito, não estivesse ocorrendo a transferência de poder. O partido deixa claro que 16 de fevereiro é o início efetivamente da nova gestão e do fim da transição.  Pelo menos sob a ótica emedebista.

Praticamente, já aconteceu a transferência de governo. Só que, paralelamente a isso tudo, correligionários de Raimundo Colombo avaliam que ele terá dificuldade de renunciar. Por quê? Porque o Fundam 2 está muito complicado de sair d papel, apesar de Colombo e Nelson Serpa terem ido novamente, durante a semana,  à sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

 Outro fator de preocupação entre pessoas próximas do governador é a denúncia da Procuradoria-Geral da República, no caso das planilhas da Odebrecht, que está aguardando desfecho há sete meses em Brasília. Por fim, a dificuldade em reeditar a aliança entre PSD e MDB também atrapalha a renúncia de Raimundo Colombo. Como ele vai sair do comando e entregar o governo de mãos beijadas ao provável maior adversário eleitora do PSD neste ano?

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