FIESC, ENGIE e WEG lançaram nesta sexta-feira (23) a segunda etapa do Programa Indústria Solar, a maior ação para popularização da energia solar já realizada no Brasil
A segunda etapa do Programa Indústria Solar, com foco nas pequenas e médias indústrias catarinenses, foi lançada nesta sexta-feira (23), durante reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). A iniciativa é da FIESC e das empresas ENGIE e WEG, que fornecem e instalam os sistemas, com o apoio da Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC) e das instituições financeiras Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Cooperativa Central de Crédito Urbano (CECRED). As inscrições devem ser feitas no site www.programaindustriasolar.com.br. “Energia é um insumo importante e caro para o setor industrial na composição dos custos de produção. Esse programa visa popularizar o sistema de energia solar. Temos no Brasil cerca de 22 mil pontos e Santa Catarina tem 10% dessas instalações. Nessa etapa queremos levar para as micro e pequenas indústrias. Já temos financiamento assegurado, em condições especiais, portanto estamos otimistas em relação à adesão que a indústria vai ter a esse importante programa”, disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Serão três modelos de geradores ofertados às indústrias catarinenses com preços diferenciados e condições especiais de financiamento que tornam o investimento autofinanciável, já que o valor economizado na fatura da energia elétrica poderá ser próximo ao da parcela do financiamento dos sistemas fotovoltaicos adquiridos por meio do Programa. O diretor de operações da ENGIE Solar Distribuída, Rodrigo Kimura, explicou que a primeira etapa, lançada em novembro de 2017, foi destinada ao mercado residencial atendendo aos colaboradores das empresas participantes, com 1.355 pedidos de adesão. Neste momento, equipes técnicas estão realizando as avaliações para viabilidade de instalação. “Agora foi feito levantamento do potencial de 50 mil micros e pequenas indústrias, todas situadas no Estado. O ponto mais importante é que todas estão conectadas na baixa tensão. Isso significa que são consumidores que pagam uma energia mais cara. É para esse empresário que estamos endereçando esse programa nesse momento”, declarou. “A conta de luz tem um impacto significativo nos custos de uma indústria de pequeno e médio porte e a economia gerada através dessa mudança de matriz energética pode impulsionar os negócios. Além disso, a energia solar é uma energia limpa e inesgotável. Esse é um investimento que vale a pena por diversos aspectos”, concluiu João Paulo Gualberto da Silva, diretor de Novas Energias da WEG. “Para termos uma ideia do crescimento dessa fonte de energia como um todo, no ano passado, começamos o ano com cerca de 90 MW operando no Brasil e fechamos o ano em 1.100 MW. É um mercado que cresceu mais de onze vezes no período. Bastante significativo”, disse o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia. ENGIE e WEG irão credenciar fornecedores para instalação e prestação de serviços O país conta atualmente com 22,7 mil sistemas fotovoltaicos em operação, sendo 2,2 mil em Santa Catarina. E, pelo potencial que tem, o Programa Indústria Solar deverá ampliar consideravelmente a quantidade de sistemas solares fotovoltaicos instalados no Estado em curto prazo, abrindo oportunidades de crescimento para toda a cadeia fotovoltaica. “Esta é uma oportunidade para todo o mercado de energia solar catarinense. A ENGIE e a WEG são as fornecedoras dos sistemas, mas irão buscar parcerias locais para a implementação do Programa, abrindo oportunidades nas áreas de instalação e prestação de serviços”, explicou Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da ENGIE Geração Solar Distribuída. Primeira fase do Indústria Solar alcançou 1250 inscritos em três meses A primeira fase do Programa Indústria Solar, lançado em 20 novembro de 2017, recebeu mais de 1,3 mil inscrições em três meses. Projeto-piloto do Programa, a primeira etapa teve as ofertas de sistemas residenciais direcionadas exclusivamente aos cerca de 40 mil colaboradores das empresas e entidades participantes: Sistema FIESC, ENGIE, WEG, CECRED e CELESC. Para as pessoas físicas, o Programa oferece duas opções de sistemas residenciais ao custo de R$ 10.428 (potência de 1,95 kWp) ou R$ 16.338 (potência de 3,25 kWp) que podem ser pagos a vista ou financiados em 60 vezes. A partir desta segunda fase, a oferta de sistemas residenciais poderá ser aberta aos colaboradores das indústrias que aderirem ao Programa e optarem por estender essa opção também aos seus funcionários por meio de convênio. O prazo de retorno do investimento nos sistemas residenciais do Programa Indústria Solar é estimado em até cinco anos. Após este período, a conta mensal de energia elétrica das residências poderá ser reduzida à taxa mínima cobrada pela concessionária. Como funciona a geração distribuída Normalmente instalados nos telhados, os sistemas solares fotovoltaicos geram energia elétrica a partir da luz do sol, e são a tecnologia mais disseminada no planeta para a microgeração distribuída de energia renovável. A energia solar oferece não apenas a satisfação de ter uma fonte limpa de energia como também economia na conta da luz. Pois, além de suprir o consumo de energia da residência no momento em que é gerada, a legislação da Geração Distribuída (GD) permite que o consumidor deposite na rede o excedente da energia produzida pela sua microusina particular para ser transformado em créditos junto à concessionária de energia. Esses créditos possuem validade de cinco anos e são utilizados nos momentos em que a unidade estiver consumindo mais energia do que gerando, como dias de chuva ou à noite. Sobre as entidades participantes: FIESC ENGIE WEG |