É grande o desconforto em setores do PSD catarinense. Primeiro porque há quem entenda que o governador entregou a caneta muito cedo a Eduardo Moreira. Mas a bronca só aumenta sobretudo porque o emedebista assumiu e não para de atacar o PSD, mirando ações e palavras diretamente na direção do presidente estadual pessedista, Gelson Merisio, pré-candidato ao governo.
O governador em exercício demitiu o diretor de Distribuição da Celesc, James Giacomazzi, ligado a Merisio. Na sequência, o emedebista foi a Xanxerê, terra natal do presidente do PSD, para anunciar o nomeação de Adenilso Biazus – que perdeu a eleição municipal de 2016 por 24 votos para o pupilo de Merisio – como Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social.
No Sul, Eduardo Moreira deu entrevista desdenhando Gelson Merisio. Sem contar os ataques pessoais e a insinuação de que o pessedista teria se beneficiado da máquina estadual.
Regionais
Não satisfeito, o governador em exercício anunciou a desativação de 15 Agências de Desenvolvimento Regional, ação que Colombo não fez durante sete anos por pressão justamente do MDB. Uma das bandeiras de Merisio, desde 2015, é a extinção total das ADR’s, criação de Luiz Henrique da Silveira! Por fim, Moreira convalidou a decisão de não nomear o advogado Alex Santore como desembargador no TJSC. Raimundo Colombo o nomeou, mas ele não assumiu por decisão judicial em processo que ainda tramita.
E agora?
A questão no PSD é simples: vai continuar assim? E vai ficar tudo por isso mesmo? Esse era o plano? Entregar o governo ao MDB para que o PSD passasse da condição de governo à de alvo preferencial do governador?