Para onde vai o espólio de LHS
O vice-governador Eduardo Pinho Moreira deve ficar com a maior parte do espólio de Luiz Henrique da Silveira dentro do PMDB. A tendência é ele se fortalecer não só do ponto de vista da influência junto ao governo, mas também com vistas ao pleito majoritário de 2018. Pinho Moreira, que já se ensaiava como pré-candidato, tem tudo para reunir grande parte do PMDB em torno de seu nome. Tem história dentro do partido, é o presidente, ainda que licenciado, e não se tem notícia de que tenha militado em outra legenda. Nessa toada, dentro do contexto de possível entendimento e sintonia com Raimundo Colombo, o vice deve atrair os apoios de Casildo Maldaner e Paulo Afonso Vieira.
Dário Berger, senador eleito no ano passado, tem uma história bem diferente. Já passou pelos mais variados partidos e nunca criou raízes. Nas fileiras do PMDB, é considerado cristão novo, sem história, fato que não inspira muita confiança entre a militância. Por ora, pode contar com Mauro Mariani.
Nunca é demais lembrar que Dário avaliava uma candidatura a deputado estadual no ano passado, depois de ter caído no ostracismo com as derrotas acachapantes de seus candidatos em Florianópolis e São José.
Só ficou com a vaga para o Senado aos 49 do segundo tempo, devido à fortíssima resistência do deputado federal Mauro Mariani, que não aceitava, junto com outros peemedebistas, a presença do PP na chapa.
Mariani abriu mão e Dário entrou, conquistando a vaga devido à força do PMDB nos pequenos e médios municípios. No interior, aliás, ele é um ilustre desconhecido. Muita gente depositou sua confiança nele sem saber quem é Dário Berger.
Há outro fator importante. Em 2018, o deputado federal, que também sonha com a candidatura majoritária, vai cobrar a fatura de Berger.
Posições
Paulo Afonso Vieira deve se aproximar de Eduardo Pinho Moreira. A condicionante é a reaproximação com Raimundo Colombo. O governador é ligado a Dilma Rousseff e o ex-governador está numa diretoria da Eletrosul, maior estatal federal do Sul. Paulo Afonso é experiente. Pediu votos para a presidente petista e não vai querer ficar ao relento.
História
Já Casildo Maldaner deve estar na área de influência do vice-governador pela história de ambos dentro do partido. Casildo não identifica Dário Berger como um peemedebista de cruz na testa.
Vergonha
Voltou à pauta da Assembleia um projeto polêmico, criando um fundo de previdência voltado a garantir aposentadorias a ex-deputados e servidores comissionados da Casa. O governador havia vetado a proposta no ano passado, mas os deputados parecem dispostos a derrubar a negativa de Raimundo Colombo.
