Não convidem mais para a mesma mesa emedebistas e os pessedistas catarinenses. Definitivamente, talhou essa relação que, nas três últimas campanhas eleitorais garantiu a reeleição de Luiz Henrique da Silveira e as duas eleições de Raimundo Colombo em primeiro turno para o governo do Estado.
Com a morte de LHS, ficou um vácuo na articulação e liderança política que não foi preenchido. No contexto estadual e nas hostes do MDB. E ninguém conseguiu articular a renovação dos votos entre os dois partidos. Essa aliança foi para o espaço.
Se Luiz Henrique vivo fosse, seria o candidato natural ao governo do Estado neste ano. Teria Gelson Merisio de vice e Paulo Bauer candidato à reeleição ao Senado, tendo como companheiro de chapa o próprio Raimundo Colombo. Tudo viria num grande acordo entre MDB, PSD e PSDB.
História não se repete
O arranjo repetiria 2006, na reeleição de Luiz Henrique da Silveira, quando o PT ficou isolado numa ponta e o PP na outra. Desta vez é diferente. No MDB todo mundo está batendo cabeça. Nenhum dos líderes chega nem perto do ex-governador quando o assunto é articulação política. O que mexe melhor nas pedrinhas é Mauro Mariani.
Divórcio litigioso
Tudo isso significa que teremos uma campanha com ex-aliados das três últimas eleições se enfrentando. E com um detalhe. Será um enfrentamento carregado, de sangue nas canelas, uma disputa sangrenta.
Pré-campanha pesada
É possível antever este quadro, olhando para os mais recentes acontecimentos. Estamos vendo o governador atacando seu antecessor, detonando a condução econômico-financeira dos sete anos do governo Colombo para atingir Gelson Merisio, seu potencial adversário.
Fogo cruzado
Antônio Gavazzoni, cunhado de Merisio e figura da relação pessoal de Merisio, foi o czar do setor financeiro dos últimos anos sob a batuta do ex-governador lageano. Raimundo Colombo que, aliás, vai ficar no meio desse tiroteio. É motivo de grande preocupação para ele esse cenário belicoso.
Sobreaviso
A presidência da Assembleia Legislativa tem novo chefe de gabinete com a saída de Jerry Comper dentro do prazo de desincompatibilização para pré-candidatos ao pleito deste ano. O novo chefe é Almir Círico.
Comper é da mais absoluta confiança do presidente da Casa, Aldo Schneider. Saiu do cargo para ficar de prontidão, de sobreaviso para o caso de eventual necessidade durante a campanha eleitoral. Isso se o próprio Aldo, em algum momento, precisar dedicar-se mais à saúde e não conseguir acompanhar o ritmo da campanha.
No leme
Importante frisar que, atualmente, Aldo Schneider está firme, bem e forte no comando da Alesc.
Mas, numa eventualidade, o nome de Jerry Comper poderia surgir como candidato a deputado no projeto de Schneider. Tudo dentro de um amplo acordo com o deputado federal Rogério Peninha Mendonça. Ele e Aldo seguem fechadíssimos no Alto Vale do Itajaí.
Ribalta
Jerry Comper tem participado, como sempre, de todos os eventos políticos e acompanhado Aldo Schneider nos roteiros. A diferença é que antes, Comper atuava nos bastidores. Agora, o presidente da Alesc, que segue também fazendo política, faz questão de chama-lo à frente em todas as reuniões.