O colunista teve a honra de ser um dos painelistas do 1 Seminário Catarinense de Marketing Político, quarta-feira, na Fiesc, uma promoção do Sindicato das Agências de Publicidade de SC (Sinapro). Segue um resumo das considerações, que fazem um recorte do atual quadro político, às vésperas da campanha eleitoral, em Santa Catarina. O tempo oficial de campanha este ano é mais curto. Em tese, os gastos eleitorais tendem a ser mais contidos. O cenário é de absoluta imprevisibilidade, devido à crise econômica, aos desdobramentos da Operação Lava Jato e à indefinição das candidaturas.
Fatos importantes que contribuíram para embolar o jogar até aqui. A prisão do deputado federal João Rodrigues; a denúncia da PGR contra Raimundo Colombo e a investigação aberta em relação a Paulo Bauer. O tucano era o favorito até então, mas essa situação deu uma trincada no nome dele, que foi ungido recentemente o nome do partido para a cabeça de chapa.
Nesta toada, considerando-se que o MDB bate cabeça e ninguém articula nada; e que Gelson Merisio tem handicap, com uma base de nove partidos, tempo de TV e nominata de deputados; e que o PT deve vir de chapa própria, existe a chance real de quatro grandes candidaturas ao governo de Santa Catarina este ano.
Nomes e partidos
A dos petistas, com Lédio Rosa de Andrade ou Décio Lima na cabeça; a do PSDB, que tem hoje Paulo Bauer na primeira file a Napoleão Bernardes como opção viável; o MDB com Eduardo Moreira à reeleição ou Mauro Mariani estreando em disputas majoritárias; e o PSD-PP, onde estão Gelson Merisio e Espiridião Amin.
Retrovisor
Se Luiz Henrique da Silveira fosse vivo, o quadro pré-eleitoral seria outro em Santa Catarina. O jogo começou a embaralhar depois da morte de LHS, em maio de 2015. Desde então, o MDB do ex-governador bate-cabeça. Outro ponto importante. Os cardeais do Manda Brasa barraram o nome de Udo Döhler. Germânico, disciplinado e de conduta ilibada, Udo seria o fato novo da eleição.
Derrapada
Raimundo Colombo deveria ter optado por encerrar o mandato. Sua renúncia pode ser considerada um erro. Precipitou a deflagração da guerra e definiu a inviabilidade da renovação de votos entre PSD e MDB.
Mais do mesmo
É intrigante ver Eduardo Pinho Moreira tentando dar ares de novidade ao seu mandato-tampão. O MDB de Moreira está no governo há 16 anos, fez parte do governo Colombo, criou as Secretarias Regionais e agora, diante do degaste no acumulado dos anos, resolveu desativar 15 delas!
Temperatura e pressão
De forma reservada, Eduardo Pinho Moreira tem dito que a situação no MDB para este pleito é a seguinte. Se os ventos eleitorais estiverem favoráveis (eleição de morro abaixo, como diria LHS), ele vai à reeleição. Caso a ventania esteja soprando contra (eleição de morro acima, novamente invocando LHS), o cabeça de chapa será Mauro Mariani.
“Mito” em SC
O deputado Jair Bolsonaro (PSL), também chamado por apoiadores de Bolsomito, estará em Santa Catarina neste final de semana para participar do Gideões Missionários da Última Hora, congresso pentecostal realizado anualmente em Camboriú. Esta será a quinta viagem de Bolsonaro ao Estado. A convite do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), ele já esteve em Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Joinville e Jaraguá do Sul. Peninha, como se vê, está fora do projeto nacional do MDB.