Blog do Prisco
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Dizer que estatais brasileiras estão sendo vendidas a preço de banana é judiar da banana, afirma Dresch

Ao comentar a derrocada do Fundam 2, programa do governo do estado para fomentar o desenvolvimento dos municípios, o deputado estadual Dirceu Dresch (PT/SC) disse, na manhã desta terça-feira (08), na tribuna da Alesc, que mudou a estratégia do BNDES do governo Dilma para o governo Temer. Segundo ele, no governo petista o direcionamento dos recursos era para a área social e direcionado também para os pequenos municípios e regiões, como foi na primeira edição do Fundam. “Agora a ideia é concentrar, o BNDES vai financiar todo o processo lamentável e criminoso de privatização no Brasil. Vai emprestar dinheiro para as multinacionais comprarem as nossas empresas a preço, não dá nem para dizer que é de banana, porque seria judiar da banana”, ironizou.

Dresch participou ontem (07), na Alesc, de um grande debate sobre o processo de privatização da Eletrobrás e destacou que os valores do sistema, avaliados por especialistas, foram de mais de R$ 400 bilhões, mas querem entregá-lo a R$ 12 bilhões. “O Governo Temer quer privatizar até o final do mandato a segunda maior estatal brasileira, sem leilão”, disparou. A ideia é abrir uma chamada de capital e a União, que hoje controla a empresa com 53,9% das ações, não deve fazer a subscrição. “Um governo impopular, sem credibilidade vai entregar a Eletrobrás para o grande capital internacional para ganhar uns trocados e quer pagar a dívida pública?”, questionou.

“Porque entregar um setor tão estratégico da economia se nem os EUA, que são os grandes projetores do neoliberalismo e do capitalismo no mundo, o fizeram?” Segundo Dresch, o insumo é importante para a competitividade das empresas e o governo tem controle, podendo conceder subsídios, como atualmente no caso da agricultura familiar. “Especialistas afirmam que haverá um aumento de até 40% na conta de luz”, avisou. Dresch disse que vai continuar a mobilização junto aos 16 deputados federais catarinenses para que votem contra esse processo que inicia o debate hoje em Brasília.