A segunda-feira marcou o início de um movimento nas hostes do PP. Lideranças do partido vão pressionar para que o candidato a governador, Esperidião Amin, restrinja a participação familiar na chapa proporcional.
O desejo de setores importantes do partido é de que ou Angela ou João Amin, apenas um deles, dispute uma cadeira na Câmara Federal. E que nenhum deles esteja na corrida pela Assembleia Legislativa. O sentimento é de que a presença de um Amin limitaria muito a situação dos pretendentes à Alesc.
Também na segunda, o prefeito de Treze de Maio, Clesio de Biasi, o Keke, manifestou a firme disposição de pedir o cancelamento de sua filiação ao PP. Foi contido, no seu ímpeto, pelo colega e correligionário, prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli.
De olho no MDB
Mandatário da maior cidade administrada por um Progressista, Joares está “esperançoso” de que até o próximo dia 5 possa haver fatos novos que ofereçam uma perspectiva mais alentadora para enfrentar o histórico inimigo, o MDB.
Trio de saída
Outro prefeito progressista do Sul, Ademir Magagnin, de Cocal do Sul, também manifestou descontentamento com o desenlace do último sábado. Embora se especule que este sentimento é compartilhado pelo próprio Joares Ponticelli, o prefeito de Tubarão está quieto. Até segunda ordem, ele vai só observar o panorama.
Pulou fora
O quadro de desânimo no PP levou o deputado federal Jorge Boeira, empresário bem sucedido e um grande quadro do partido no Sul, a desistir da reeleição. Situação que reforça o trabalho de Joares Ponticelli em favor de seu afilhado, Pepê Collaço. O alcaide não medirá esforços para eleger o pupilo deputado estadual, para que a região siga bem representada. Quanto ao espaço de federal deixado por Boeira, ele deve ser ocupado pelo ex-prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo.
Sem defesa
Outro aspecto que deixou Gelson Merisio absolutamente chateado com o PP. Durante a convenção do partido, apesar de todos os gestos praticados pelo pessedista para fortalecer a legenda e de todas as conversas, incluindo, ainda, a moção de pré-aliança aprovada em agosto de 2017, nenhum progressista se levantou para fazer o contraponto a Esperidião Amin. Nem uma palavra, nem um posicionamento a favor da manutenção do compromisso.
Tripé
Mauro Mariani, o pré-candidato do MDB ao governo, oficializou os convites para que a deputada Carmen Zanotto, do PPS, seja candidata a vice. Mesmo movimento em relação ao deputado Jorginho Mello, que está fechado com o MDB e pretende disputar sozinho o Senado na chapa liderada pelo Manda Brasa.
Mas
O ex-governador Paulo Afonso parece irredutível no seu desejo de chegar à convenção emedebista do dia 4 para buscar a homologação de seu nome como outro candidato a senador na composição.
Recuos
Mauro Mariani conta com os recuos de outros dois correligionários que manifestaram a intenção de concorrer à Câmara Alta. O deputado federal Valdir Colatto, que tinha tudo para ir à reeleição, parece mesmo disposto a concorrer ao senado; e o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito, que deve tentar novo mandato de deputado estadual.
Família
Leonel Júnior Pavan, empresário e filho do ex-governador e ex-senador Leonel Pavan, é candidato a deputado federal pelo PSDB. Considera a corrida eleitoral “um grande desafio.”
