Gelson Merisio (PSD) será candidato a governador, conforme homologado na convenção do seu partido, e com o PP na chapa. Esperidião Amin, que também havia conquistado a indicação para concorrer na cabeça-de-chapa, resolveu recuar. Os dois acertaram os últimos detalhes na tarde de ontem, na companhia de lideranças dos dois partidos. PSD e PP também vão coligar na proporcional (deputados estaduais e federais).
Até o fechamento da coluna, o deputado federal João Paulo Kleinübing , do DEM, não havia dado a resposta se aceitaria ser o vice na composição.
Se ele não aceitasse ou se enrolasse muito, o PP já havia apresentado dois nomes como alternativas: os do deputado federal Jorge Boeira, do Sul, e do ex-prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, do Vale e Litoral Norte. Lá atrás, outro nome havia sido cogitado. O do empresário e vereador do PSB de Joinville, Ninfo König.
Na outra ponta, os tucanos aceitaram o convite de Mauro Mariani e indicaram o candidato a vice, Napoleão Bernardes, que resistiu a esta equação, e o senador Paulo Bauer, que disputará a reeleição. As duas chapas ficam fortes. Há, ainda, a candidatura do PT e o PSL apresentando também seus nomes para governador, vice e Senado.
De um lado, a estrutura política de Merisio e a força eleitoral de Amin e do PP. Do outro, a máquina partidária do MDB, a maior do Estado, que se somará à grande capilaridade conquistada pelos tucanos nos últimos anos. Tem tudo para ser um primeiro turno disputadíssimo.
Empulhação
Nunca antes na história de Santa Catarina os cardeais dos principais partidos gastaram tanta saliva em um cenário de instabilidade jamais visto. Quase todos conversavam entre si, em grupos ou separadamente e freneticamente desde que Amin havia anunciado que seria candidato, no dia 27 de julho. De lá para cá, o que não faltaram foram conjecturas, balões de ensaio, blefes, indicações de traições, e por aí vai. A única coisa que não se viu foram convicções ideológicas e propostas para o bem da sociedade.
Chapa pura
No domingo, o PT confirmou a candidatura do deputado federal Décio Lima ao governo e a do desembargador aposentado Lédio Rosa de Andrade ao Senado. A novidade ficou por conta do retorno de Ideli Salvatti, novamente candidata a senadora. A vaga de vice ainda estava em aberto. Apesar de todos os esforços de Décio para reaglutinar as esquerdas em Santa Catarina, os petistas vão mesmo de chapa pura.
Fato
No sábado, o PSL, partido de Jair Bolsonaro, atendendo forte clamor das bases, lançou candidatos ao governo e ao Senado. Lucas Esmeraldino, presidente estadual e grande indutor do expressivo e sólido crescimento da legenda no Estado em apenas quatro meses e meio, é candidato a senador. O comandante Moisés, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, encabeçará a chapa. Tem origem militar, uma semelhança com Bolsonaro. Para a vaga de vice, o PSL lança uma mulher, do Oeste. É a advogada Daniela Reinehr, de Chapecó. A chapa do PSL é o fato novo destas eleições em Santa Catarina.
Senado
O domingo também foi a data escolhida pelo PR, que homologou a candidatura do deputado federal Jorginho Mello ao Senado, em aliança com o MDB e agora com o PSDB. Ele tem como suplente a viúva de Luiz Henrique da Silveira, Ivete Appel da Silveira.
