Na próxima segunda-feira (25) os servidores do poder judiciário catarinense decidirão os rumos da greve. Na data será debatido os itens da proposta apresentada pelo Tribunal de Jusitça, os rumos da paralisação e a deliberação pelo retorno ao trabalho ou pela manutenção do movimento. A assembleia geral ocorre na capital, às 13h, em frente ao TJ. De acordo com a o Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sinjusc) são esperadas mais de duas mil pessoas.
FALTA ORÇAMENTO PARA AUMENTO REAL
No dia 14 deste mês, o Ttribunal e o sindicato reabriram o canal de negociação, fechado em 29 de abril, data da última assembleia em que a categoria, por unanimidade, decidiu pela manutenção da greve. Na oportunidade, o sindicato entregou ofício com as contrapropostas às propostas do TJ.
O tribunal só se manifestou na quarta-feira (20) durante sessão do Tribunal Pleno. Na ocasião, o presidente fez a leitura dos itens constantes no ofício do Sinjusc, não havendo concordância com a reivindicação do aumento real com a justificativa de falta orçamentária.
Na mesma sessão, os desembargadores votaram a proposta da presidência em reajustar o auxílio-alimentação e o índice de inflação, estes que serão concedidos por meio de resolução e aumento real de 1,83% por intermédio de projeto de lei encaminhado à Alesc. Deliberaram também pelo envio do NPCS ao Conselho Gestor em 15 dias. No entanto, as propostas, segundo o colegiado, estão condicionadas ao retorno total dos grevistas ao trabalho. “Caso contrário, a proposta será desconsiderada e haverá nova apreciação”, justificou o presidente.
A categoria está de braços cruzados há 43 dias. Das 111 comarcas, 100 estão com as atividades suspensas, atendendo os casos de plantão, conforme previsto na Resolução nº12/2010, que tratam sobre o respeito à vida, à liberdade e à segurança, estão sendo cumpridos.
É o maior movimento paredista já registrado em questão de adesão, segundo a Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud).
Foto: Sinjusc, arquivo, divulgação