Senador eleito, Esperidião Amin (PP) volta a ter protagonismo nacional. Nos bastidores, ele é visto como uma das opções de Jair Bolsonaro para a composição do futuro ministério. Considerando-se sua envergadura moral e a desenvoltura intelectual. Além, obviamente, da proximidade que existe entre os dois.
Notadamente nos últimos oito anos, quando Bolsonaro e Amin conviveram proximamente no dia a dia da Câmara dos Deputados.
Outra possibilidade ventilada sobre o nome do senador eleito pelo PP é a Presidência da Câmara Alta.
Para além das qualidades já citadas, o catarinense também retorna ao Senado como um dos políticos mais experientes do Brasil. Será senador pela segunda vez. Já foi governador por dois mandatos, deputado federal por três e duas vezes prefeito da Capital.
Antídoto
O nome de Amin é visto como contraponto interno ao de outro senador eleito pelo PP, Ciro Nogueira, do Piauí, que já manifestou o desejo de presidir o Senado.
Evidentemente que nomes como Nogueira, Waldemar da Costa Neto, enfim, dessa bandidagem, é tudo o que Jair Bolsonaro não quer.
Renan, não!
No contexto externo, Esperidião Amin também pode ser antídoto a Renan Calheiros e Jader Barbalho, dupla emedebista que dispensa apresentações. O alagoano Renan, com o apoio do correligionário paraense, quer novamente chegar à presidência da Câmara Alta.
Maior bancada
Por óbvio, Renan, que foi aliado de Collor, FHC e de Lula da Silva e coleciona processos como quem coleciona rolhas de garrafas de vinho, sofre muitas resistências. Mas ele é esperto, articulado e o seu MDB ainda tem a maior bancada do Senado, embora tenha sofrida importante redução. Ou seja, é um risco real para o novo momento da política projetado por Bolsonaro.