A grande incógnita do pós-eleições é como vai se comportar o governador eleito, Carlos Moisés, em relação à Presidência da Assembleia Legislativa, que promete ser disputada, diferentemente do que vinha ocorrendo nos últimos anos.
Mais votado do MDB, que fez a maior bancada, com nove deputados estaduais, Valdir Cobalchini movimenta-se para ser o próximo presidente. Mas ele sofre fortes resistências internas. Principalmente dos parlamentares do Oeste, a saber, Romildo Titon, Moacir Sopela e Mauro de Nadal.
O próprio Sopelsa surge como o nome mais factível do MDB ,que, naturalmente, tem forças para buscar o comando do Legislativo.
Também não se pode descartar o papel de Júlio Garcia, do PSD. Ele volta ao Parlamento. Já foi presidente duas vezes. É um exímio articulador. Mas o seu partido só fez a terceira maior bancada, com 5 deputados. Ficou atrás do PSL, que tem seis eleitos.
O detalhe é que o PSL já tem o governador eleito. Politicamente, pode ser um erro grave se a legenda pleitear também a Presidência da Alesc.
MDB e PSL têm, juntos, 15 deputados. O grupo de Gelson Merisio elegeu 16, mas como ele não venceu o segundo turno, a tendência é o enfraquecimento do bloco.
Por isso a importância da postura que terá o governador eleito, Carlos Moisés. Se ele mergulhar de cabeça nesse processo, como vai articular? Prometendo obras nas regiões dos deputados? Seria absolutamente legítimo. Agora, é preciso ter muito cuidado para não se comprometer com emendas e cargos aos parlamentares estaduais em troca de apoio. Essa prática caducou e não pertence mais aos novos tempos!