Blog do Prisco
Coluna do dia

Governo quase fechado

Na segunda e terça-feira, entre uma reunião e outra com deputados, o governador eleito Carlos Moisés escalou a tribuna das redes sociais para anunciar mais quatro nomes de sua gestão.

Pasta fundamental para Santa Catarina, a Secretaria de Agricultura ficará a cargo empresário e consultor Ricardo de Gouveia. Ele foi indicado pela vice-governadora, Daniela Reinehr, que atua na área há muitos anos.

Em sua página do Facebook, Moisés registrou. “Confiante no trabalho e na escolha dela, avalizei mais um nome para o futuro governo.” Ou seja, pesou o conhecimento que Daniela tem no setor para a escolha.

É mais um nome técnico, sem vinculações diretamente partidárias. Assim como o novo presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Valdez Rodrigues Venancio. Outro representante da caserna no governo de Moisés. Ele foi um dos fundadores da Polícia Militar Ambiental. O IMA ficará subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo.

Para fechar a segunda-feira, o governador também anunciou que uma mulher, a advogada Célia Iraci da Cunha, assumirá a Procuradoria-Geral do Estado. Ela é servidora concursada da PGE há 12 anos. A Procuradoria e a Agricultura são pastas de primeiro escalão.

 

Detran

Ontem de manhã, veio o anúncio da nova chefe do Detran catarinense. Também será uma mulher a pilotar o órgão. O desafio caberá à delegada Sandra Mara. Moisés parece bem ciente do tamanho da encrenca que pode ser o Departamento de Trânsito. Também na rede social, o governador disse o seguinte.

“Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo e terá muitos desafios pela frente, como tornar mais célere e eficiente alguns serviços oferecido.” A conferir!

 

Lacunas

A 12 dias de assumir o Executivo estadual, Carlos Moisés ainda não havia definido, até o fechamento da coluna, os titulares de duas pastas estratégicas e complexas: Infraestrutura e Educação. Dificuldades advindas justamente da complexidade das estruturas e dos interesses que elas alcançam.

 

PIB

Ao anunciar Ricardo de Gouveia como novo secretário de Agricultura, o governador eleito frisou, via rede social, que a produção agrícola é responsável por algo em torno de 14% do PIB estadual. Gouveia foi fundador do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa) e Diretor Executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav).

 

Auxílio-moradia

O Estadão publicou que só sete dos 81 senadores abdicaram de receber, até terça-feira ao meio dia, os R$ 33,7 mil de auxílio-mudança pagos no início e no término do mandato de cada um deles. O benefício é bancado com o orçamento da Casa, composto obviamente por dinheiro público. Foram reservados R$ 3,6 milhões, dos quais metade vai para os senadores que estão de saída. Os que se reelegeram, assinalou o periódico, recebem o valor duplicado.

 

A lista

“Os senadores Ana Amélia (PP), Eduardo Braga (MDB), Randolfe Rodrigues (Rede) e Paulo Paim (PT) abriram mão da ajuda de custo do fim do período.

Já Major Olímpio (PSL), Mara Gabrilli (PSDB), Oriovisto Guimarães (Pode) e novamente Eduardo Braga recusaram o montante para o começo dos trabalhos,” diz o trecho da matéria do Estadão.

 

Fora da lista

Entre os sete nomes que estão abrindo mão de valores, nenhum é de Santa Catarina, de acordo com o jornal. Ou seja, até segunda ordem, os três representantes do Estado na Câmara Alta estão aptos a usarem o recurso, mais um de tantos privilégios que a classe política nacional tem à disposição.