As tendências no PMDB
Dando sequência às análises de conjuntura no contexto dos cinco maiores partidos de Santa Catarina, iniciada na edição de ontem após a convenção do PSD, hoje a coluna avalia o quadro interno do PMDB. O primeiro quadrimestre foi turbulento no ambiente peemedebista. A bancada estadual se rebelou, os prefeitos chiaram e a bancada federal se sensibilizou com as reclamações contra o tratamento dispensado pelo governo e o PSD ao maior aliado. A situação se deteriorou a ponto de Eduardo Moreira ir para a imprensa chutar o balde. Na sequência, chegou-se a cogitar o retorno imediato do vice-governador ao comando partidário. Após a morte do ex-senador Luiz Henrique, as peças estão se ajustando. As conversas não param, mas o foco mudou. O partido deixou de externar suas divisões e encrencas para buscar um mínimo de unidade. Evidentemente que, mesmo sem alarde, o próprio Moreira e Mauro Mariani tendem a se fortalecer no espólio de LHS. Já Dário Berger enfrenta dificuldades, apesar do mandato de senador. Berger não tem história no partido, não carrega a marca do MDB na visão da militância e das lideranças. Ainda mais quando se trata de buscar o apoio de pessoas que eram ligadas a Luiz Henrique, talvez o catarinense que mais encarnou o espírito do velho Manda Brasa.
Correndo por fora
Quem corre por fora no PMDB é o prefeito de Joinville, Udo Döhler. O nome do PMDB para 2018 não deve fugir deste quarteto (Moreira, Mariani, Berger e Udo). O mandatário joinvilense é político novo, mas já é um homem experiente, de mais de 70 anos. Significa que falta ao maior partido de Santa Catarina o emblema da renovação pelo viés da juventude.
Fora de cena
Quem poderia assumir o papel de renovação peemedebista atendiam pelos nomes de Elizeu Mattos (afastado da prefeitura de Lages) e Edson Piriquito (sumido e que se aproxima do fim dos oito anos de mandato sem ter se tornado um líder político forte na região do Litoral Norte). O deputado Valdir Cobalchini, presidente estadual em exercício do PMDB, pode ser uma aposta no médio prazo, de 2022 em diante.
Revoada
O PSDB comunicou oficialmente, esta semana, sua saída do governo de Udo Döhler. Significa o fim da aliança dos tucanos com o PMDB na terra do falecido Luiz Henrique. O partido tem duas opções: apoiar Darci de Matos (PSD), o mais provável, ou lançar cabeça de chapa em 2016.
Divisão no PSDB
Dentre as várias articulações em curso no PSDB, uma delas sugere que Paulo Bauer e Marcos Vieira poderiam dividir o próximo mandato na presidência do partido. Um ano para cada um. Bauer não deve aceitar. Ele vem dizendo que outros presidentes, incluindo Leonel Pavan (que se aliou a Vieira) e Dalírio Beber, tiveram a oportunidade de se reeleger e cumprir quatro anos na proa da legenda.
Merísio e os Amin
Reeleito, sem sobressaltos, para presidir o PSD, o deputado Gelson Merísio vai procurar, na semana que vem, o casal Angela e Esperidião Amin. Na pauta, a eleição de 2016 na Capital e as projeções para 2018, quando PSD e PP podem estar casados. O noivado seria a aliança em Florianópolis.
Cenário
Na segunda-feira que vem, as bancadas estadual e federal do PP têm reunião para avaliar o atual contexto político.
Educação
Vice-presidente da Alesc, o deputado Aldo Schneider (PMDB) levou o prefeito de Vidal Ramos, Laércio Cruz, e o secretário regional de Ituporanga, Elias Souza, ao secretario estadual de Educação, Eduardo Deschamps. O trio solicitou, com urgência, recursos para reforma e ampliação de unidades escolares na região.