Gelson Merisio, apesar de todas as especulações, não tem pré-disposição para sair do PSD. Se não forçarem a barra, impondo uma intervenção em Santa Catarina, ele pode seguir nas hostes pessedistas. Agora, se houver dissolução da executiva e do diretório, aí ele desembarca imediatamente.
Caso contrário, Merisio sinaliza disposição total para disputar a reeleição à presidência do diretório estadual do PSD. Contra Raimundo Colombo ou quem quer que seja. E tem grande chance de ganhar pela influência que ele ainda desfruta.
Trocando em miúdos: sem intervenção nacional em SC, Merisio tem tudo para permanecer no PSD. Caso contrário, o dirigente, ex-deputado e candidato a governador em 2018, examina três alternativas.
Abrigar-se no PP embora ele saiba muito bem que neste endereço quem manda é a família Amin. Com Esperidião senador, Angela deputada federal e João deputado estadual.
PP tem dono
Aliás, o partido tem cinco mandatos hoje no Estado. Três atendem pelo sobrenome Amin. Fora eles, há os estaduais Zé Milton Scheffer e Altair Silva. Daí é complicado. Merisio quer ser novamente candidato a governador em 2022. Neste cenário progressista, não haveria qualquer garantia neste sentido. E muito menos para ele assumir a presidência da sigla. Em qualquer partido isso é complicado. Sobretudo numa legenda com predomínio familiar como é o PP-SC.
Dificuldade
Merisio poderia assinar no PRB? Pode até ser, mas ele também não seria o presidente do partido. Isso não existe. Ele pode até embarcar e a exemplo do PP, no PRB também não haveria qualquer garantia de caneca de chapa para ele daqui a quatro anos. O mesmo vale para o PSDB, outra alternativa avaliada por Merisio. Ou seja, o pessedista está, corretamente, avaliando o quadro com muita cautela para não dar um passo em falo.