O sábado, 16, foi de trabalho para os governadores de seis dos sete Estados das regiões Sul e Sudeste deste país. Juntas, estas unidades federadas respondem por 70% da riqueza gerada no Brasil.
Os governadores presentes, incluindo-se Moisés da Silva, mais Eduardo Leite (RS), João Doria (SP), Wilson Witzel (RJ), Renato Casagrande (ES) e Romeu Zema (MG), decidiram formar um consórcio para desenvolver atuações conjuntas em 10 áreas prioritárias. Os mandatários chamaram a união de Cosud.
O governador catarinense aproveitou o momento para defender o fim da guerra fiscal entre os estados do Cosud. A disputa para atrair novas empresas e investimentos não é algo simples nem fácil de se resolver.
O discurso de Moisés da Silva, contudo, faz todo sentido. A grande polêmica deste primeiro trimestre, que deve se arrastar até antes do recesso de julho na Assembleia, são justamente os decretos que põem fim a benefícios fiscais a mais de 11 mil empresas instaladas no território Barriga-Verde.
Para além do Cosud, o pano de fundo da reunião sabática dos seis governadores é a reforma da Previdência, matéria polêmica e que vai precisar de todo o apoio para sua aprovação.
Todos os presentes defenderam as mudanças propostas pelo time econômico e avalizadas por Jair Bolsonaro. Moisés da Silva foi enfático ao defender o pacote previdenciário.
Digitais
Aliás, consta que o próprio presidente da República articulou o encontro dos governadores de Sul e Sudeste. Ganhou um reforço de peso, peso de 70% do PIB nacional, para pressionar os congressistas destes Estados.
Politicamente, Bolsonaro também tem todo o interesse no Cosud. A união de Sul e Sudeste faz o contraponto perfeito, e com musculatura, aos governadores nordestinos que, em sua esmagadora maioria, são contra o atual governo.
FRASE
“Santa Catarina apresenta apoio incondicional à reforma por entender que o desenvolvimento do nosso Estado e da nossa região passa pelo investimento estrangeiro, pela confiança do empresariado e tudo isso passa pela reforma da previdência.” Moisés da Silva durante a reunião do Cosud
Explicações
O secretário da Fazenda, Paulo Eli, respondeu, na última sexta-feira, 15, ofício recebido do presidente da OAB/SC, Rafael Horn, no qual o dirigente da Seccional solicitou esclarecimentos sobre a declaração dada em entrevista ao SBT Meio Dia a este colunista, no dia 12 de fevereiro, pela qual ele colocou em suspeita a atuação de escritórios de advocacia. Na ocasião, Eli disse que empresas beneficiadas com a isenção do ICMS ou com benefícios fiscais “… contratam grandes escritórios de advocacia, grandes escritórios de consultoria, para sonegar mesmo (sic)…”.
Deferência
O Conselho da seccional aprovou, por unanimidade, a iniciativa, do presidente Rafael Horn, de oficiar o secretário pedindo explicações. Apertado, Paulo Eli se desculpou. Disse que a declaração ocorreu num momento “acalorado” e, entre outras coisas, que “jamais pretendeu difamar, nem caluniar qualquer profissional operador do Direito, Escritório de Advocacia ou mesmo a própria OAB.”
Impostos
Desembargador João Henrique Blasi e a deputada federal Angela Amin concordam que a reforma tributária é a mais importante de todas. Afirmações feitas durante o simpósio Reforma Tributária Brasileira, ocorrido sexta-feira na Capital.