STF acuado
A cada dia, o STF passa a dar demonstrações de que está sentindo a pegada de ser duramente questionado, e alvo de manifestações inclusive, pela sociedade.
Neste fim de semana, na Universidade de Harvard (EUA), o presidente da corte, Dias Toffolli, teve a desfaçatez de declarar que foi o Supremo quem garantiu a estabilidade do Brasil no período de grande insegurança de 2016. Naquele ano, Eduardo Cunha, hoje presidiário, presidia a Câmara em confronto aberto com o Executivo, que tinha na presidência a inigualável Dilma Rousseff.
É muita cara de pau de Toffolli. Mas considerando-se que, na semana passada, o tribunal promoveu uma sessão de desagravo para si próprio, reunindo OAB, CNBB, associações de magistrados, etc, para lhe emprestar apoio, não dá pra duvidar de mais nada.
Foi uma verdadeira vergonha para o STF. Uma corte onde há processos importantíssimos parados há mais de 30 anos, caso dos royalties do petróleo questionado por Santa Catarina, auto promover-se para sinalizar que tem apoio social? Brincadeira tem hora. Não por acaso, o ministro Marco Aurélio Mello levantou-se e foi embora da dita sessão. Com razão, o magistrado considerou absurda a iniciativa.
Tentando se justificar
Evidentemente que o fato escancara que o STF está sentindo a pressão. Os ministros estão com medo. Se lançaram mão de tal expediente, é porque sabem que o Supremo está mal das pernas e não tem mais muito crédito junto à população.
Resistente
Nas hostes emedebistas, a maior parte das lideranças fechou com o senador Dário Berger para a presidência do partido. Há, contudo, conforme já registrado neste espaço, um resistente. O deputado federal Celso Maldaner não retirará sua pré-candidatura e vai para a disputa.
Ele é irmão do ex-governador e ex-senador Casildo Maldaner, que presidiu a seção Barriga-Verde do partido por 10 anos e ainda é presidente de honra do MDB-SC.
Identidade
Obviamente que Maldaner não tem a representatividade política e eleitoral de Dário Berger. Mas tem história no MDB. O senador, ao contrário, é cristão novo na sigla e jamais teve história partidária. Sempre atuou em favor de seu grupo restrito. Por onde passou. Está no sétimo partido. Sem falar no rastro de destruição deixado pela trajetória de Dário Berger. Ele coleciona centenas de ações questionando sua atuação em cargos públicos.
Sem unanimidade
Também é óbvio que se houver disputa, Berger ganha. Ficará, contudo, feio para ele ter que bater chapa contra um deputado.
Moro em SC
Após articular a agenda do ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que visitou Santa Catarina na última semana, o deputado federal Daniel Freitas realizou convite para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, seja o próximo a visitar o Estado.
Em Criciúma
Convite aceito, Moro deve participar da cerimônia de comemoração dos 75 anos da Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, ainda sem data definida.
Além de Moro, a ministra Tereza Cristina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também aceitou o convite para prestigiar a abertura da feira Agroponte, que acontece em agosto.