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MDB no governo

MDB no governo

Criou-se um certo frenesi em torno da formalização, desmentida por alguns líderes, do apoio formal do MDB ao governo de Moisés da Silva, do PSL. Leia-se respaldo da bancada do partido na Assembleia aos projetos de interesse do Executivo. O assunto esquentou e veio à tona esta semana.

O colunista usa o termo formalização porque o partido nunca saiu do poder em Santa Catarina desde 2003. Os secretários da Fazenda, Paulo Eli, e da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, são emedebistas de quatro costados. Competentes, registre-se.

O coordenador do Colegiado Superior de Segurança, Araújo Gomes, Comandante Geral da PMSC, não só foi mantido à frente da corporação como foi guindado à função que corresponde a de Secretário de Segurança. Araújo Gomes chegou ao topo da PM pelas mãos de Eduardo Pinho Moreira em seu último mandato-tampão de governador, no ano passado. Outro quadro competente, mas ligado ao Manda Brasa.

Por toda SC

Sem contar as dezenas de cargos ocupados por emedebistas nos escalões inferiores da máquina estadual. Trocando em miúdos: o MDB jamais desembarcou totalmente do governo.

O que há de novo, mesmo, é a articulação que começou a acontecer pelo tripé: Moisés da Silva, Douglas Borba (Casa Civil) e Jorge Tasca (Administração). O governo mais próximo dos deputados e já se fazem contas sobre o tamanho da base aliada na Alesc.

Contabilidade

Em tese, Moisés da Silva poderia contar agora com os seis deputados do PSL, os três do PR, os dois do PDT e os nove do MDB. Totalizando 20 parlamentares, metade da Alesc. Mas há deputados de outros partidos que se comportam como aliados: Zé Milton Scheffer do PP e Jair Miotto, do PSC, por exemplo. Não parece difícil que o governo consiga atingir uma maioria com boa folga, como algo em torno de 25 deputados na base.

Pé na estrada

Raimundo Colombo está visitando prefeitos do PSD estado afora. Nesta semana, esteve com os mandatários de Campo Alegre, Itaiópolis e Mafra, todos pessedistas. O movimento do ex-governador é uma campanha interna na busca pela presidência do partido. Ele está falando abertamente sobre isso com os alcaides. Resta saber como os deputados estaduais e o federal do PSD catarinense estão recebendo esta articulação do ex-governador. Até segunda ordem, é pouco provável que os parlamentares da sigla o apoiem nesta cruzada para substituir Gelson Merisio.

Eletrosul

O Coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense (FPC), deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), pediu ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, agilidade na agenda com o presidente Bolsonaro para discutir a fusão da Eletrosul com a empresa gaúcha CGTEE. O pedido foi feito durante café da manhã promovido pela Acaert – Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e Televisão.

Peso

“Já tivemos audiência com o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, realizamos uma audiência pública na Alesc e agora vamos ao presidente. É importante que se diga: nós não vamos abrir mão do CNPJ, do nome e também da permanência da sede em Santa Catarina”, sentenciou Peninha, que tem relação de amizade com Jair Bolsonaro há anos. Tomara que agora estes laços, a votação que SC deu ao presidente e o peso da bancada federal que votará em massa a favor da Reforma da Previdência, tenham reconhecido seu devido valor pelo inquilino do Planalto.

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